Tecnologia

Qualcomm X Apple: briga de gigantes

Nas últimas semanas, a fabricante de chips e componentes eletrônicos Qualcomm se tornou uma das empresas mais enroladas do mundo da tecnologia. Em menos de um mês, foi multada em quase 900 milhões de dólares na Coreia do Sul, processada Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos e por uma de suas maiores clientes, a […]

QUALCOMM:  presidente da empresa, Steve Mollenkopf, apresenta o mais novo chip da companhia. Empresa enfrenta processos ao redor do mundo  / Ethan Miller/Getty Images

QUALCOMM: presidente da empresa, Steve Mollenkopf, apresenta o mais novo chip da companhia. Empresa enfrenta processos ao redor do mundo / Ethan Miller/Getty Images

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Da Redação

Publicado em 25 de janeiro de 2017 às 05h34.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h09.

Nas últimas semanas, a fabricante de chips e componentes eletrônicos Qualcomm se tornou uma das empresas mais enroladas do mundo da tecnologia. Em menos de um mês, foi multada em quase 900 milhões de dólares na Coreia do Sul, processada Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos e por uma de suas maiores clientes, a Apple. Em todos os casos, a empresa, que tem sede em San Diego, é acusada de usar seu tamanho e importância para violar leis antitruste.

Hoje, depois que o mercado fechar, a Qualcomm apresenta seus resultados do último trimestre de 2016. O número consenso entre especialistas é um ganho de 1,18 por ação, para uma receita de 6,11 bilhões no período. Desde que a Apple declarou que vai processar a companhia, na última sexta, pedindo um bilhão de dólares de indenização, as ações caíram 11%.

A Qualcomm é acusada de usar o seu tamanho e poder para obrigar fabricantes de celulares a contratarem seus serviços. A Apple, por exemplo, alega que foi coagida a não utilizar tecnologias compatíveis com produtos de concorrentes, como a Intel. A empresa também cobraria preços excessivamente caros por patentes que são obrigatórias para a construção dos smartphones, além de deliberadamente negar a possibilidade de licenciamento de tecnologias, impossibilitando que concorrentes entrem no mercado.

Em sua defesa nos processos, a Qualcomm alega que a Apple está tentando transformar um contrato em que não é favorecida em uma questão regulatória. Pelo contrato, de 2007, a Qualcomm descontaria da Apple os royalties que recebesse de fabricantes contratados pela Apple para fazer o iPhone. Tecnologias criadas pela Qualcomm são utilizadas em várias partes do processo de criação dos smartphones. A Apple estaria por trás de todas as ações que entidades regulatórias – Europa, Japão e Taiwan, além da Coreia e dos Estados Unidos – movem contra a Qualcomm.

A receita com patentes respondeu por um terço do faturamento total de 23,6 bilhões de dólares da companhia ano passado. É uma briga de gigantes, e das caras.

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