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Qualcomm e Intel vão contra veto à Huawei nos Estados Unidos

No ano passado, a companhia chinesa gastou 11 bilhões de dólares com a compra de componentes de empresas americanas

Huawei: fabricante chinesa ganhou o apoio de empresas americanas contra o veto de Donald Trump (Hannibal Hanschke/File Photo/Reuters)

Huawei: fabricante chinesa ganhou o apoio de empresas americanas contra o veto de Donald Trump (Hannibal Hanschke/File Photo/Reuters)

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Rodrigo Loureiro

Publicado em 17 de junho de 2019 às 19h27.

São Paulo – As empresas Qualcomm e Intel estão fazendo lobby para que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reconsidere a proibição imposta às empresas americanas de fazerem negócios com a Huawei, gigante chinesa de smartphones. Acusada por Trump de espionagem internacional, a empresa é uma das principais clientes de processadores e modens das companhias americanas.

De acordo com agência de notícias Reuters, com informações obtidas com pessoas a par do assunto, o veto americano à companhia com sede em Shenzhen, na China, pode custar caro para a dupla. Em 2018, a fabricante chinesa gastou 70 bilhões de dólares na compra de componentes eletrônicos. Do montante, 11 bilhões de dólares foram destinados às parceiras americanas. Parte desta fatia foi usada na compra de chips para servidores da Intel e na aquisição de processadores e modens da Qualcomm.

Por este motivo, representantes das duas companhias já se reuniram com o Departamento de Comércio dos Estados Unidos para buscar uma solução menos prejudicial para seus negócios. “Isso não é para ajudar a Huawei. É para prevenir danos às empresas americanas”, disse uma das fontes consultadas pela Reuters.

Na justificativa apresentada, Qualcomm e Intel teriam defendido que os smartphones e computadores comercializados pela Huawei não apresentam o mesmo risco à segurança nacional que os equipamentos de infraestrutura da companhia. A Huawei é uma das principais empresas envolvidas no desenvolvimento da rede de internet 5G no mundo.

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