São Paulo - Com preços que normalmente extrapolam a barreira dos 1.700 reais, os smartphones top de linha seduzem muitos consumidores, mas são deixados de lado na hora da compra.

Para manter o consumidor quase tão satisfeito e com a conta bancária preservada, os aparelhos intermediários possuem a dura missão de quase alcançarem o mesmo desempenho de seus pares da classe mais alta.

Custando 999 reais, os aparelhos Honor, da Huawei, e Galaxy S II Lite, da Samsung, se posicionam no mercado com bons recursos e características muito similares. Para acabar com as dúvidas e ajudar a definir qual deles será o seu aparelho ideal, decidimos colocar seus pontos fortes e fracos à prova.

Principais vantagens do S II Lite:

Tela Super AMOLED
8 GB de armazenamento interno + microSD
119 g
Cortex A9 de 1 GHz (dual-core)
9h19min de bateria

Principais vantagens do Honor:

HSPA+
Update para Android 4 já programado
Serviço Cloud+ com 16 GB de armazenamento na nuvem
Interface bem resolvida

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Assim como em qualquer compra, o maior critério de escolha será o gosto do usuário. Mesmo assim, os dois aparelhos oferecem características muito distintas, principalmente em desempenho.

Com um processador mais forte, o S II Lite lida com vários aplicativos simultâneos com mais conforto. Mesmo com o mesmo tamanho e brilho, a tela da Samsung apresenta cores mais vivas e maior riqueza nos detalhes. Mesmo o Honor tendo mais pixels, são 480 por 854 contra 480 por 800, sua qualidade de imagem é ligeiramente inferior.

Outro detalhe desfavorável para o aparelho chinês é a câmera. Os 8 megapixels não foram suficientes para gerar imagens estáticas com maior qualidade em relação à câmera de 5 megapixels do S II Lite. Nos vídeos a vitória é do Honor.

Por enquanto os dois aparelho rodam a versão 2.3 do Android (Gingerbread). A Huawei saiu na frente e já prometeu uma atualização para o Ice Cream Sandwich, que pode acontecer entre junho e julho. A Samsung ainda não definiu se o S II Lite será atualizado, ou mesmo quando o update pode acontecer.

Nota 7,9  Huawei Honor

O primeiro grande smartphone da terra do dragão a chegar no Brasil é da Huawei. Com um nome forte “Honor”, honra em inglês, esse aparelho tem orgulho de ser um “made-in-China”.

Equipado com o Android 2.3 (Gingerbread), mas com uma atualização já prometida para o Ice Cream Sandwich, o U8860 traz um processador Scorpion de 1,4 GHz, 512 MB de RAM e uma duração de bateria superior a de muitos concorrentes.

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Apesar de um processador com um só núcleo seja pouco para um aparelho de 999 reais rodando Android, a Huawei promete que as adaptações do sistema o tornam muito mais rápido que o normal, fazendo com que o Scorpion seja mais que suficiente. De fato, a versão testada pelo INFOlab não apresentou nenhuma falha de desempenho, pelo contrário.

A tela de 4 polegadas e resolução de 480 por 854 pixels responde aos toques com precisão. As cores não são tão vivas como em seu principal concorrente (pela faixa de preço), o Galaxy S II Lite, mas isso não chega a ser um grande problema.

Para cumprir com as promessas, a Huawei inclui o serviço Cloud+, que dá ao usuário 16 GB de espaço na nuvem. Com armazenamento interno de 1 GB e entrada para cartão microSD, o serviço faz com que o espaço para guardar seus arquivos seja abundante. Para completar a versatilidade, o aparelho conta com um servidor de DLNA eficiente.

Mesmo com uma interface simples, fica fácil transmitir fotos e vídeos por Wi-Fi para aparelhos compatíveis. Para não eliminar a produtividade, o aparelho traz uma versão do Documents To Go. Com ela o usuário pode visualizar arquivos Microsoft Office, mas para editá-los é necessário comprar o App.

Outro recurso interessante é o Scurity guard. Com ele o usuário pode criar uma lista de números que serão bloqueados, além de uma opção para esconder mensagens.

Nota 8,4  Galaxy S II Lite

A tradição não costuma ser caridosa com os smartphones da faixa intermediária. Com recursos similares a seus irmãos topo de linha, mas com diferenças cruciais, esses aparelhos podem ser comparados ao vice-campeão. Como aquele atleta que liderou a prova em vários momentos, mas que não apresentou o fôlego necessário para cruzar a linha de chegada em primeiro, o Galaxy S II Lite chama atenção por executar tarefas com a mesma eficácia de seu antecessor topo de linha a um preço bem mais atraente.

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Classificada como Lite, termo originário do inglês e empregado em alimentos e bebidas com redução de gordura e açúcar, essa versão do Galaxy S II é na verdade mais gorda e pesada em relação à original. O aparelho pesa 119 gramas, contra 116 gramas do anterior. Medindo 6,3 por 12,32 por 1,06 centímetros, o S II Lite tem um corpo mais compacto e ligeiramente mais espesso.

No entanto, nenhuma dessas características pode ser apontada como uma falha. Construído totalmente em plástico, o smartphone é muito confortável de manusear. Seu corpo curvado mescla o estilo do Galaxy X com a simplicidade costumeira da Samsung.

Há controles laterais para volume, um botão dedicado a ligar/desligar o aparelho, o tradicional botão “Home” e outros dois botões sensíveis ao toque (Menu e Voltar). Infelizmente não há um botão dedicado a controlar a câmera traseira de 5 megapixels, que conta com flash LED e gravação de vídeo em 720p.

A tela Super AMOLED Plus de 4 polegadas tem resolução de 480 por 800 pixels e ótima resposta aos toques. Por conta do brilho com boa intensidade e a fidelidade nas cores, a tela torna a exibição de fotos e vídeos agradável. Outro fator que contribui para que o S II Lite seja um bom reprodutor multimídia é a compatibilidade com vários formatos.

O player rodou sem engasgos arquivos MP4, XviD, DivX (com legenda srt), MKV, H.264, FLV e ASF. Mesmo sem uma porta HDMI, a Samsung oferece a conexão com TVs e outros dispositivos por DLNA com o AllShare, ou ainda com um adaptador (vendido separadamente).

Com uma interface bastante agradável, o AllShare exibe raízes de pasta, capas de álbum para as músicas e miniaturas de fotos e vídeos. A conexão com dispositivos compatíveis é feita em poucos passos.