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Qual a fortuna do dono da Cloudflare, que derrubou sites nesta terça

Plataformas como o X (antigo Twitter), ChatGPT, Canva, Amazon entre diversos outros estão fora do ar

Matthew Prince: CEO e co-fundador da Cloudflare criticou monopólios dias antes de sua empresa derrubar parte da internet. ( Ramsey Cardy/Sportsfile for Web Summit via Getty Images)

Matthew Prince: CEO e co-fundador da Cloudflare criticou monopólios dias antes de sua empresa derrubar parte da internet. ( Ramsey Cardy/Sportsfile for Web Summit via Getty Images)

Publicado em 18 de novembro de 2025 às 11h17.

O CEO e cofundador da Cloudflare, Matthew Prince, possui uma fortuna estimada em U$6.3 bilhões, de acordo com atualização mais recente da Forbes.

A empresa americana é especializada em infraestrutura de internet e usada como uma barreira de segurança nos sites.

Na manhã desta terça-feira, 18, o sistema apresentou uma falha generalizada, afetando milhares de sites ao redor do mundo. Plataformas como o X (antigo Twitter), ChatGPT, Canva, Amazon entre diversos outros estão fora do ar.

Em nota, a empresa disse que "fez alterações que permitiram a recuperação do Cloudflare Access e do WARP". A companhia ainda afirmou que está "observando a recuperação dos serviços, mas os clientes podem continuar a notar taxas de erro acima do normal enquanto prosseguimos com os esforços de correção".

"Os níveis de erro para usuários do Access e do WARP retornaram aos níveis anteriores ao incidente. Reativamos o acesso ao WARP em Londres", afirmou o comunicado.

Interrupções como da Cloudflare podem custar US$ 9 mil por minuto para empresas

O que é a Cloudflare

A Cloudflare é uma empresa americana especializada em infraestrutura de internet. Fundada em 2009, ela oferece serviços de segurança, performance e confiabilidade para sites e aplicativos, atuando como uma ponte entre o navegador do usuário e o servidor do site acessado.

O sistema funciona por meio de uma CDN, sigla em inglês para rede de entrega de conteúdo, que espalha cópias dos dados por diversos servidores ao redor do mundo. Isso permite reduzir a latência, isto é, o tempo que uma informação leva para ir de um ponto a outro na internet, além de dificultar ataques.

Entre os principais serviços da empresa estão:

  • Proteção contra ataques DDoS, ou negação de serviço distribuída, que sobrecarregam servidores com acessos simultâneos;
  • WAF (Web Application Firewall), que bloqueia ataques como SQL injection e cross-site scripting;
  • Criptografia de dados com SSL/TLS, oferecendo certificados gratuitos para validar a confiabilidade dos sites;
  • Sistema de DNS e DNSSEC para gerenciamento e segurança de domínios;
  • Edge computing, com execução de códigos mais próximos do usuário por meio da ferramenta Cloudflare Workers.

A rede da empresa lida, em média, com 78 milhões de requisições HTTP por segundo e é utilizada por sites de diferentes tamanhos — de blogs pessoais a grandes grupos financeiros.

Por que a Cloudflare cai?

Historicamente, a Cloudflare enfrentou falhas por congestionamento de rede, erros em lançamentos de código e problemas em produtos específicos.

Em agosto de 2025, um caso crítico envolveu o tráfego de um único cliente que saturou as conexões da Cloudflare com a AWS us-east-1, provocando um apagão generalizado. Em outras situações, falhas em regras de DDoS e instabilidades nos serviços R2, Workers KV, Access e WARP também causaram interrupções.

Esses incidentes têm impacto global porque a Cloudflare opera como uma camada compartilhada de infraestrutura da internet. Quando a empresa sofre uma falha, o efeito se propaga em cadeia, derrubando simultaneamente milhões de sites e serviços. Casos como os de X, Spotify e PayPal evidenciam esse efeito cascata.

Leia a nota na íntegra

Fizemos alterações que permitiram a recuperação do Cloudflare Access e do WARP. Os níveis de erro para usuários do Access e do WARP retornaram aos níveis anteriores ao incidente. Reativamos o acesso ao WARP em Londres.

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