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Próximo leilão de 4G será em maio ou junho, diz Anatel

Segundo autoridades das telecomunicações no país, haverá garantias para evitar interferência com as transmissões de radiodifusão


	João Rezende: segundo ele, o leilão da faixa de 700 MHz poderá ser complementar à licitação da faixa de 2,5 gigahertz (GHz)
 (Valter Campanato/ABr)

João Rezende: segundo ele, o leilão da faixa de 700 MHz poderá ser complementar à licitação da faixa de 2,5 gigahertz (GHz) (Valter Campanato/ABr)

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Da Redação

Publicado em 22 de outubro de 2013 às 13h22.

Rio - O próximo leilão de telefonia de quarta geração (4G), com frequências na faixa de 700 megahertz (MHz), segue marcado para o primeiro semestre de 2014, mas será mais para o fim do período, entre maio e junho.

Além disso, haverá garantias para evitar interferência com as transmissões de radiodifusão, disseram nesta terça-feira, 22, autoridades do Ministério das Comunicações e da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). No Brasil, a televisão aberta também usa a faixa de 700 Mhz.

Segundo o presidente da Anatel, João Rezende, o leilão da faixa de 700 MHz poderá ser complementar à licitação da faixa de 2,5 gigahertz (GHz), realizada no ano passado.

A ideia em estudo no órgão regulador é permitir às empresas vencedoras do leilão da faixa de 2,5 GHz usarem as novas frequências na faixa de 700 MHz para cumprir as metas estabelecidas no primeiro caso, disse Rezende, após dar palestra na Futurecom, evento do setor de telecomunicações, que está no Rio.

O espectro de 700 MHz é mais adequado a garantir cobertura da internet móvel em ampla abrangência geográfica, enquanto a faixa de 2,5 GHz tem menos alcance, mas garante melhor cobertura em áreas densamente povoadas, como as regiões metropolitanas.

"Estamos comprometidos com o cronograma e não pretendemos de forma alguma retardar esse processo", disse Rezende. Segundo o presidente da Anatel, o conselho do órgão votará a destinação da faixa de 700 MHz para a internet móvel "ainda este mês".

Em seguida, trabalhará no regulamento para os canais de TV aberta e, então, fará uma consulta pública técnica sobre relacionamento entre a tecnologia LTE (usada no 4G) e a TV aberta.

"Estamos trabalhando para que haja convivência entre as duas indústrias", completou Rezende, comparando o atual "embate" entre as empresas de radiodifusão, reunidas na Abert (associação do setor), e as empresas de telecomunicações com a recente abertura do mercado de TV a cabo para as telefônicas.

Também em palestra, o secretário-executivo do Ministério das Comunicações, Genildo Lins, lembrou que a TV aberta só usa a faixa de 700 MHz em cerca de 700 municípios brasileiros. "Temos deixado claro que tanto o 4G quanto a TV têm de conviver. Vamos garantir que não haverá interferência ou pelo menos que ela seja minimizada", disse.

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