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Provedores de acesso à internet começam a bloquear Telegram na Rússia

A Rússia bloqueou o acesso ao Telegram após eles se negarem a fornecer informações aos serviços especiais russos

Telegram: o aplicativo com mais de 200 milhões de usuários entrou em conflito com o governo russo por não liberarem dados de seus usuários (Dado Ruvic/Reuters)

Telegram: o aplicativo com mais de 200 milhões de usuários entrou em conflito com o governo russo por não liberarem dados de seus usuários (Dado Ruvic/Reuters)

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AFP

Publicado em 16 de abril de 2018 às 12h06.

Última atualização em 30 de agosto de 2019 às 18h23.

Os provedores de acesso à internet russos começaram a bloquear nesta segunda-feira o aplicativo de mensagens Telegram após decisão da agência reguladora de telecomunicações Roskomnadzor.

"Roskomnadzor recebeu a decisão do tribunal de Taganski [em Moscou] de bloquear os serviços do Telegram em território russo, e esta informação foi enviada às operadoras na segunda-feira, 16 de abril", indicou Roskomnadzor em um comunicado.

Na sexta-feira, um tribunal de Moscou ordenou o bloqueio do Telegram na Rússia por se recusar a fornecer aos serviços especiais russos (FSB) as chaves de criptografia para acessar as mensagens de seus usuários.

"É revelador que governos autoritários, como da Rússia, estão tentando bloquear o Telegram pela questão da criptografia, mas estão mais relaxados quando se trata de outros aplicativos de mensagens criptografadas", escreveu o fundador do Telegram, Pavel Durov, no Twitter.

A administração presidencial russa, que até agora usava o Telegram, anunciou aos jornalistas Que a partir de agora usaria outro sistema chamado ICQ.

O Telegram, um aplicativo com 200 milhões de usuários em todo o mundo, é conhecido por seu alto nível de confidencialidade e entrou em conflito com as autoridades russas, que aumentaram o controle sobre a internet.

A empresa foi fundada em 2013 pelos irmãos Pavel e Nikolai Durov, que também criaram a rede social VKontakte.

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