Tecnologia

Proteste quer fim do Plano Nacional de Banda Larga

Segundo a associação os consumidores estão sendo prejudicados porque os termos de compromisso autorizam as teles a ofertar planos extremamente desvantajosos

Ação movida pela Proteste é contra as Teles e suas coligadas, a União e a Anatel por não terem incluído o serviço de banda larga no regime público (Getty Images)

Ação movida pela Proteste é contra as Teles e suas coligadas, a União e a Anatel por não terem incluído o serviço de banda larga no regime público (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 8 de dezembro de 2011 às 11h27.

São Paulo - A Proteste Associação de Consumidores acionou a Justiça para anular os termos de compromisso firmados entre o Governo Federal e as concessionárias de telecomunicações para o Plano Nacional da Banda Larga. Esse programa pretende levar internet de alta velocidade a todo país até o final de 2014 e ficou conhecido por oferecer "banda larga popular".

O argumento da associação é que os consumidores estão sendo prejudicados porque os termos de compromisso autorizam as teles a ofertar planos extremamente desvantajosos, com limite reduzido de tráfego de dados e sem garantia de manutenção da velocidade do acesso.

É cobrado na faixa de R$ 29,80 a R$ 35,00 por um serviço de má qualidade do serviço de acesso à internet, valores mais elevados que outros pacotes fora do termo de compromisso em que a velocidade é maior e com acesso ilimitado, o que desrespeita o princípio da relação entre qualidade-preço. Na Índia, para o acesso ilimitado à internet, a população paga R$ 3,70.

Os termos autorizam a prestação do serviço de forma discriminatória, transformando os consumidores da banda larga popular em consumidores de segunda categoria.

A ação é contra as Teles e suas coligadas, a União e A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) por não terem incluído o serviço de banda larga no regime público como determina a Constituição Federal e por não terem imposto garantias suficientes de regulação do serviço e condições dignas de prestação do serviço.

A Proteste denuncia ainda que a concentração do setor nas mãos das concessionárias de telefonia fixa, tem levado à utilização, de forma ilegal, das redes públicas vinculadas aos contratos de concessão para prestarem o serviço de banda larga que está em regime privado. Pois as concessionárias usam a receita obtida com a cobrança de tarifa do telefone fixo (STFC) para implantar rede privadas. Ou seja, temos recursos públicos subsidiando patrimônio privado.

A sociedade está excluída dos benefícios da universalização da infraestrutura implantada no bojo dos contratos de concessão da telefonia fixa, que é indiscutivelmente pública. E para o acordo o governo abriu mão da exigência de as teles cumprirem metas de universalização, continuidade e qualidade do serviço.

Acompanhe tudo sobre:Banda largaInclusão digitalInternet

Mais de Tecnologia

WhatsApp volta ao normal depois de parar de funcionar em vários países

Pequim anuncia plano para avanço em inteligência incorporada

WhatsApp fora do ar? App de mensagens apresenta instabilidade nesta sexta-feira

Google faz novos cortes de funcionários e atinge setores de IA, Cloud e segurança