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Progressos são insuficientes contra tuberculose, diz OMS

Foram alcançados avanços importantes contra a tuberculose, mas a doença continua sendo uma doença que deixa milhares de mortos anualmente

Médico examina uma radiografia: maioria dos progressos mais importantes ocorreram desde 2000 (Cris Bouroncle/AFP)

Médico examina uma radiografia: maioria dos progressos mais importantes ocorreram desde 2000 (Cris Bouroncle/AFP)

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Da Redação

Publicado em 28 de outubro de 2015 às 17h14.

Washington - Nas últimas décadas foram alcançados avanços importantes contra a tuberculose, mas a doença continua sendo uma doença que deixa milhares de mortos anualmente devido à falta de acesso aos serviços de atenção sanitária - é o que aponta um informe da Organização Mundial de Saúde (OMS).

A luta contra esta infecção, uma das principais causas de mortalidade no planeta, começou a dar frutos com a redução da taxa de mortalidade desde 1990, aponta o documento publicado nesta quarta-feira em Washington.

A maioria dos progressos mais importantes ocorreram desde 2000, ano que marcou a adoção dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio na ONU.

No total, as intervenções médicas com ferramentas de diagnóstico e tratamentos eficazes ajudou a salvar 43 milhões de vidas em 15 anos e a incidência da doença foi reduzida de 18% neste período, diz a OMS.

"O relatório mostra que o controle da tuberculose teve um enorme impacto em termos de vidas salvas e curadas", comemorou Margaret Chan, diretora-geral da OMS.

"Estes progressos são reconfortantes, mas se o mundo quer acabar com esta epidemia, é preciso reforçar os serviços (de cuidado) e, um ponto crucial, investir em pesquisa", explicou.

Para combater a tuberculose, "nós precisamos preencher as lacunas na detecção e no tratamento, bem como no financiamento insuficiente, e desenvolver novos medicamentos, vacinas e instrumentos de diagnóstico para manter o progresso", explicam os autores do relatório.

A organização acredita que o financiamento insuficiente minou a luta contra a doença.

Segundo o texto, o déficit de chega a 1,4 bilhões, sobre os mais de 8 bilhões necessários para acabar com a epidemia em 2030.

O documento afirma que o número de novos casos, 9,6 milhões em 2014, foi maior do que nos anos anteriores. "Os progressos alcançados estão longe de ser suficientes", lamentou Mario Raviglione, diretor do programa global contra a tuberculose da OMS.

Sublinha que "a infecção ainda deixa 4.400 mortos por dia, um número inaceitável quando você pode diagnosticar e curar a maioria dos pacientes".

Mais da metade dos casos de tuberculose são relatados na China, Índia, Indonésia, Nigéria e Paquistão.

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