Tecnologia

Programa do Google de acelerar a web entra em nova fase; veja o que fazer

Empresa passa a privilegiar as páginas que carregam mais rápido no mobile

 (Google/Divulgação)

(Google/Divulgação)

Lucas Agrela

Lucas Agrela

Publicado em 21 de julho de 2018 às 05h55.

Última atualização em 21 de julho de 2018 às 05h55.

São Paulo – Os sites levam 15,8 segundos para serem abertos nos smartphones, em média, no Brasil, de acordo com relatório do Google. A partir de julho deste ano, as páginas em dispositivos móveis que carregam rapidamente serão privilegiadas no buscador da empresa, mesmo movimento que a companhia fez com as páginas em computadores em 2010.

Em entrevistas a EXAME, Rodrigo Baroni, especialista de produtos, e Caio Tomazelli, engenheiro de soluções do Google Brasil, contam como sites pessoais ou corporativos podem fazer ajustes para essa nova realidade no campo do SEO (sigla, em inglês, para otimização para ferramentas de buscas).

Site em AMP

O Google, cujo buscador dominante no país funciona como um índice da internet, tem um programa que visa acelerar a web, o Accelerated Mobile Pages, mais conhecido como AMP, que cria uma nova versão dos sites que abre rapidamente em dispositivos móveis.

A iniciativa é gratuita e pode ser implementada por desenvolvedores web ou donos de sites sem grandes dificuldades. No WordPress, por exemplo, uma popular plataforma de publicação web da Automatic, tem plugins que implementam o AMP nos sites de forma quase automática. Os plugins são como aplicativos de smartphone, eles são instalados no site e dão acesso a funções úteis mesmo para quem não sabe linguagens de programação ou desenvolvimento web.

Depois da personalização da página, é preciso verificar se o site site está nos padrões requeridos pelo AMP. Para isso, é possível usar este site.

Velocidade de carregamento

A velocidade de carregamento de sites no celular recomendada pelo Google é de menos de três segundos. A companhia afirma que um site com AMP pode ser carregado em apenas um segundo, o que reforça sua recomendação da conversão de páginas para a versão acelerada para mobile.

Para medir a velocidade do seu site hoje, é possível usar sites como o Speed Scorecard ou também a Calculadora de Impacto do Think With Google, que estima o quanto você perde de dinheiro a cada segundo a mais que seu site leva para carregar–conceito aplicável a sites de vendas ou geração de leads.

Conteúdo de qualidade prevalece

Para atender aos internautas da melhor forma, o Google continuará a privilegiar os melhores conteúdos nas páginas de resultados de pesquisa.

Desde que o material seja de qualidade, mesmo que seja mais lento do que o de outros sites, o buscador seguirá exibindo essa página no topo da lista de resultados.

Quem é privilegiado?

Perguntados, os porta-vozes do Google disseram que a mudança no algoritmo de buscas não prejudica pequenas e médias empresas ou produtores de conteúdo de pequeno porte, ao mesmo tempo em que favorece grandes empresas, que têm domínios mais fortes em SEO. Para eles, sites menores têm mais agilidade para realizar mudanças que otimizem a velocidade de carregamento, desse modo, mantendo suas páginas bem posicionadas no Google.

Como fica a monetização?

Em páginas web, usem elas WordPress ou não, as opções de monetização de conteúdo são variadas. Há, por exemplo, uma série de redes de anúncios programáticos que podem ser adicionadas ao seu blog pessoal ou corporativo. No AMP, os espaços publicitários são mais restritos, o que também ajuda a aumentar a velocidade das páginas. Para o Google, com ajuda da comunidade open-source, são as ferramentas de monetização que precisam se adequar ao AMP para essa nova realidade de distribuição de conteúdo via buscador.

Acompanhe tudo sobre:GoogleSitesSmartphones

Mais de Tecnologia

Satélites da SpaceX estão causando interferência nos equipamentos de pesquisadores, diz instituto

Desempenho do iPhone 16 chama atenção e consumidores preferem modelo básico em comparação ao Pro

iPhone 16 chega às lojas – mas os recursos de inteligência artificial da Apple, não

Intel descarta venda de participação na Mobileye e ações da empresa disparam