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Programa de reconhecimento facial entra em operação no Carnaval do Rio

Será possível a Secretaria de Estado de Polícia Militar identificar pessoas que estejam com pedidos de prisão expedidos ou verificar placas de carros

Carnaval no Rio de Janeiro: sistema usará um software da empresa de telefonia Oi (Pilar Olivares/Reuters)

Carnaval no Rio de Janeiro: sistema usará um software da empresa de telefonia Oi (Pilar Olivares/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 27 de janeiro de 2019 às 16h35.

O governo do estado do Rio de Janeiro escolheu Copacabana para instalar o programa de reconhecimento facial através das câmeras de trânsito e de segurança instaladas nas ruas do bairro. Com as imagens, será possível a Secretaria de Estado de Polícia Militar identificar pessoas que estejam com pedidos de prisão expedidos ou verificar placas de carros para saber se são roubados.

Segundo o secretário de Estado de Polícia Militar, coronel Rogério Figueredo de Lacerda, o programa de reconhecimento facial e de placas de veículos entrará em operação no carnaval e com ele será possível, por exemplo, registrar a presença de um criminoso ou de um carro roubado durante uma blitz ou em um bloco carnavalesco.

O sistema usará um software da empresa de telefonia Oi e as imagens serão transmitidas diretamente para o Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), na Cidade Nova, região do central do Rio. Lá, os operadores vão checar as informações enviadas com os bancos de dados da Polícia Civil, no caso de reconhecimento facial, e do Detran para as placas de carros.

O projeto que é uma parceria entre as secretarias de Polícia Militar e de Polícia Civil, Detran, Prefeitura do Rio de Janeiro e a Oi.

O porta-voz da secretaria, coronel Mauro Fliess, informou à Agência Brasil, que o programa vai usar câmeras que já operam nas ruas da região, mas haverá a instalação de novos equipamentos. A escolha dos locais será feita com a participação dos comandos do Batalhão e das unidades de Polícia Pacificadora (UPP), que funcionam em Copacabana.

De acordo com o coronel, a escolha de Copacabana foi uma opção estratégica do comando da corporação pela peculiaridade e pelo tamanho do bairro. O porta-voz reconheceu que também pesou na decisão, o fato de o bairro receber muitos turistas. Ele destacou que a administração estadual se juntou aos governos federal e municipal para nessas três esferas fazer um incremento na segurança turística do Rio.

"O turismo é o novo petróleo, é dali que o estado pode atrair divisas para sair da situação financeira que se encontra, então, já tem sido feito um esforço muito grande em toda a região turística e isso é um complemento para esse esforço", destacou.

O coronel acrescentou que a intenção da secretaria é estender o projeto a outros bairros, embora ainda não tenha um calendário para isso. De acordo com o porta-voz, o custo inicial do projeto é zero, uma vez que a operadora de telefonia já tem contrato com os órgãos de segurança na instalação de programas de comunicação nos veículos das polícias.

"A Oi já é uma parceira do estado. Hoje, dá todo o suporte à telefonia 190 e toda a rede de dados da corporação. Esse custo já está agregado ao serviço que a Oi presta ao estado. Isso na realidade é o tráfego de dados", completou.

Tablets

Na área de novas tecnologias, Figueredo, adiantou que vai funcionar na Ilha do Governador, na zona norte do Rio, um outro projeto piloto. Policiais militares do 17º BPM vão usar um tablet para fazer o registro de ocorrências de baixo potencial ofensivo, que será enviado do local da ocorrência direto para 37ª DP (Ilha). A data para o início do funcionamento ainda será definida.

Segundo o coronel Mauro Fliess, o programa é restrito a casos como pequenos furtos, desentendimento entre vizinhos. O tempo para este tipo de registro será reduzido, por meio desta plataforma digital, de duas horas para 30 minutos.

"Não vai ter o deslocamento até a delegacia, é menos custo de combustível e vai permitir que o policial encerre a ocorrência mais rapidamente e esteja pronto para o policiamento preventivo, que é a missão constitucional dele", ressaltou.

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