Tecnologia

Procura por sites de compra bate recorde em dezembro

Segundo o Ibope/NetRatings, 51,4% dos internautas residenciais brasileiros navegaram por serviços de e-commerce no mês passado

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 12h35.

O e-commerce brasileiro fechou 2004 com resultado recorde. Além de registrar seu melhor Natal, com vendas estimadas em 200 milhões de reais, as lojas virtuais também lembrarão de dezembro como o mês em que a procura por sites de compra bateu seu recorde. Segundo o Ibope/NetRatings, 5,6 milhões de internautas residenciais acessaram serviços de e-commerce (comércio eletrônico) no mês passado. O número representa 51,4% dos 10,9 milhões de brasileiros que navegaram pela internet em dezembro e é recorde para o Brasil.

A marca anterior era de junho de 2004, quando 50,1% dos usuários residenciais ativos acessaram sites de compra. Em dezembro do ano passado, a porcentagem foi de 45,3%. Para Alexandre Magalhães, analista de internet do Ibope/NetRatings, dois fatores contribuíram para o estabelecimento do novo recorde.

O primeiro é o tempo que o internauta leva para se familiarizar com os sites de compra e confiar no serviço. Segundo Magalhães, em geral, o internauta só se torna um comprador online efetivo após dois anos do primeiro acesso a um site de compras. Inicialmente, o usuário costuma apenas consultar as páginas, ver as promoções e comparar preços. Depois, passa a comprar produtos de baixo preço, até se habituar ao comércio eletrônico e buscar artigos mais sofisticados. "Como o número de internautas brasileiros continua crescendo, mais gente está aprendendo a comprar pela internet", diz Magalhães.

Outra razão, são as promoções. Para o analista, o investimento das principais lojas virtuais em descontos e condições diferenciadas de compra no final do ano foram uma grande isca para os consumidores. Um sinal de que os consumidores online estão mais rigorosos com os valores é o aumento das consultas a ferramentas de comparação de preços. "Os acessos a esses serviços crescem acima da média de outros tipos de páginas da internet", afirma Magalhães.

Apesar de recorde, a audiência dos sites de compra ainda pode crescer no Brasil. Em países desenvolvidos, a porcentagem de usuários residenciais que compram pela internet já supera facilmente os 60%. Na Alemanha, por exemplo, a taxa é de 64,7%; no Reino Unido, 62,1%, e na França, 60,6%.

Férias e acessos

Apesar da proporção recorde de usuários acessando sites de compra no mês passado, o número total de brasileiros que navegaram pela internet caiu em relação a novembro. De acordo com o Ibope/NetRatings, os 10,9 milhões de usuários residenciais representam uma queda de 5% sobre os 11,4 milhões de internautas do mês retrasado.

Segundo Magalhães, uma possível explicação é o aumento do número de viagens de férias em dezembro. Outro indício da influência do período de férias é a redução no tempo de navegação. Em dezembro, cada internauta brasileiro gastou cerca de 13 horas e 23 minutos na internet, contra 13 horas e 45 minutos em novembro. "Essa queda é compreensível, porque o usuário passou menos dias em casa e usou seu computador por menos tempo", diz Magalhães.

Japão (14 horas e 36 minutos), França (13 horas e 52 minutos) e Estados Unidos (13 horas e 34 minutos) foram os países que ficaram à frente do Brasil em tempo de navegação no último mês.

Acompanhe tudo sobre:[]

Mais de Tecnologia

China Lança 2ª Expo Internacional da Cadeia de Suprimentos com Aumento de Expositores Estrangeiros

Xpeng da China avança na mobilidade aérea com fábrica de carros voadores

Por que a Apple foi banida de vender iPhones na Indonésia?

Reddit desafia Google como principal ferramenta de buscas online