EXAME.com (EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 04h10.
São Paulo - A partir da noite de hoje, o orkut inaugura em todos os perfis uma nova funcionalidade que permitirá o envio de recados privados.
Com a renovação, a equipe do Google, dona da rede social, espera que os chamados "scraps" sejam usados também para fins de conversas restritas e pessoais, sem que os usuários tenham recorrer aos velhos "depoimentos" - ou "testemunhos" - na hora de contar algo mais reservado.
Segundo Victor Ribeiro, diretor de produtos do Google para a América Latina, a grande intenção da companhia é aprimorar o que chama de "consciência do usuário" sobre o conteúdo que é disponibilizado na rede. Com isso, junto à opção de restrição de quem pode visualizar os recados, o orkut também ganha um painel mais intuitivo que diz quais das informações podem ser vistas por outros e quem são eles.
Estas opções de privacidade já podiam ser vistas, parcialmente, quando o usuário inseria fotos no orkut desde outubro do ano passado. Agora, as configurações surgirão sempre que o usuário deixar uma nova informação na rede, a exemplo do que o Facebook, maior rede social do mundo, passou a fazer alguns meses atrás, depois da primeira leva de escândalos de privacidade.
O outro lado do "novo scrap": todo mundo vê e pode comentar
Se o usuário não optar pela opção de scraps privados, todos os recados que ele receber e/ou escrever aparecerão nas áreas de atualizações de seus amigos, na parte inferior da tela. Deste modo, qualquer pessoa relacionada pode comentar sobre a conversa de outros, como também já ocorre no Facebook.
Ribeiro, contudo, nega que haja qualquer influência da criação de Mark Zuckerberg sobre os atos do orkut, argumentando que a interação dos brasileiros com a rede social é bem diferente da dos americanos. "Ainda que o orkut não tenha 500 milhões de usuários, nossos usuários passam mais tempo na rede social do que os do Facebook", disse.
"(O brasileiro) É um usuário muito mais avançado do que o dos outros países, inclusive do que o dos Estados Unidos".
As novas medidas foram adotadas, de acordo com Ribeiro, devido a conversas, pesquisas e testes de usabilidade feitos com usuários. O próximo passo, diz ele, é dar a opção que o usuário deixe "invisível" a outros internautas algumas comunidades que participa.