Tecnologia

Primeiro estudo do ar de Fukushima confirma altos níveis de radiação

Agência Japonesa da Energia Atômica (JAEA) completou o primeiro estudo detalhado de contaminação do ar nos arredores da usina nuclear de Fukushima

fukushima (Getty Images)

fukushima (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 24 de setembro de 2013 às 05h31.

Tóquio - A Agência Japonesa da Energia Atômica (JAEA) completou o primeiro estudo detalhado de contaminação do ar nos arredores da usina nuclear de Fukushima e confirmou altos níveis de radiação, informou nesta terça-feira (24) o jornal "Asahi".

O órgão público, encarregado da promoção e pesquisa da energia nuclear, conseguiu realizar uma medição da área mais próxima à central, em um raio de três quilômetros em torno da usina, através do o uso de um helicóptero com controle remoto.

Até agora não era possível analisar a radiação aérea neste setor devido à proximidade dos reatores danificados pelo tsunami de 11 de março 2011.

Graças ao helicóptero não tripulado, que realizou as medições no final do ano passado, a JAEA detectou mais de 19 microsieverts por hora a um metro acima o solo nas áreas imediatamente ao sul e ao oeste da usina, segundo os dados recém divulgados.

Apesar de as leituras terem sido menores (entre 9,5 e 19 microsieverts por hora) na direção noroeste, a instituição destacou que, mesmo assim, os níveis também estão relativamente altos.

A JAEA também divulgou a radiação medida em dezembro de 2012 em 10 mil pontos diferentes dentro de uma área de 80 quilômetros ao redor da central, situada a cerca de 220 quilômetros de Tóquio.

O resultado mostra que o volume nessa área caiu 36% em relação aos dados obtidos pela primeira vez na instituição em junho de 2011, três meses depois do acidente nuclear.

A JAEA explicou que essa queda se deve principalmente devido à diminuição dos níveis de césio-134, isótopo que tem uma vida média de dois anos e que, além disso, foi "varrido" pelas sucessivas chuvas.

No entanto, em 60% da área foram detectados níveis de 1 millisievert por ano (a quantidade máxima recomendada pela Comissão Internacional de Proteção Radiológica) e inclusive mais.

Em qualquer caso, o volume em casas e edifícios e em vias que atravessam zonas de floresta (onde os materiais radioativos tendem a se acumular) caíram em relação a junho de 2011 em 35% e em 44%, respectivamente, graças aos trabalhos de descontaminação.

O desastre na central de Fukushima forçou o deslocamento de 52 mil pessoas que viviam em torno da usina e afetou a pesca, a agricultura e a pecuária local. 

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaFukushimaINFOJapãoPaíses ricosUsinas nucleares

Mais de Tecnologia

Influencers mirins: crianças vendem cursos em ambiente de pouca vigilância nas redes sociais

10 frases de Steve Jobs para inspirar sua carreira e negócios

Adeus, iPhone de botão? WhatsApp vai parar de funcionar em alguns smartphones; veja lista

Galaxy S23 FE: quanto vale a pena na Black Friday?