Intel: empresa teve resultados ruins no 4º trimestre do ano passado (SOPA Images / Colaborador/Getty Images)
Rodrigo Loureiro
Publicado em 22 de abril de 2021 às 06h00.
A Intel vai divulgar nesta quinta-feira, 22, os números referentes ao balanço da empresa no 1º trimestre de 2021. Em Wall Street, a expectativa é de que a companhia apresente queda superior a 9% na receita, o que faria com que o número atingisse a cifra de 18 bilhões de dólares. Já o preço por ação pode despencar ainda mais: previsão de queda de 20%.
As análises são da consultoria americana Zacks Investment Research e apostam na queda da Intel mesmo com o bom momento do mercado de computadores, que cresceu 55% no primeiro trimestre deste ano, segundo a consultoria IDC. A Intel, porém, enfrenta uma concorrência pesada no mercado de chips.
Prova disso é que a companhia tenta se recuperar de um 4º trimestre com números pouco agradáveis. A gigante americana reportou receita de 20,2 bilhões de dólares, 1% a menos do que no mesmo trimestre de 2019. Já o lucro teve queda de 15% no período e ficou em 5,9 bilhões de dólares. O lucro por ação foi de 1,42 dólar por papel, queda de 10% no trimestre.
Em contrapartida, mesmo com meses ruins, a Intel conseguiu terminar 2020 com números positivos. A receita cresceu 8% e ficou em 77,9 bilhões de dólares no acumulado do ano. O lucro ainda fechou no vermelho, mas somente com queda de 1%, o que fez com que os números finais fossem de 20,9 bilhões de dólares.
Este será o primeiro balanço da Intel sob o comando de Pat Gelsinger, executivo que assume a cadeira que estava sendo ocupada por Robert Swan. Gelsinger terá o trabalho de trazer de volta a Intel para uma posição de protagonista no mercado. No último ano, a companhia acabou sendo ofuscada pelo fato de que a Apple trocou seus processadores por chips próprios.
No fim de março, Gelsinger deu uma entrevista afirmando que “a Intel está de volta”. O mandatário informou que a companhia iria investir 20 bilhões de dólares em duas fábricas no Arizona, nos Estados Unidos. A companhia quer entrar no mesmo jogo de empresas como Samsung e TSMC, que mudaram passaram a terceirizar uma parte da produção dos chipsets.
Nos planos da Intel, essa estratégia pode fazer com que a companhia ganhe o apreço de governos locais para onde a empresa irá enviar seus chips para serem finalizados, já que forçará a criação de empregos nestas regiões. Nas previsões da empresa, este segmento deve movimentar algo em torno de 100 bilhões de dólares em 2025.