Tecnologia

Presidente turco espera desbloqueio rápido do Twitter

"Acredito que o problema será resolvido em breve", disse Abdullah Gul antes de viajar à Holanda, onde começa amanhã uma conferência sobre segurança nuclear


	Twitter fora do ar: "É uma situação desagradável para um país desenvolvido como a Turquia", afirmou presidente turco 
 (Dado Ruvic/Reuters)

Twitter fora do ar: "É uma situação desagradável para um país desenvolvido como a Turquia", afirmou presidente turco  (Dado Ruvic/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 23 de março de 2014 às 17h42.

O presidente turco, Abdullah Gul, declarou neste domingo esperar que o bloqueio imposto pelo governo ao Twitter seja levantado rapidamente, enquanto o premier Recep Tayyip Erdogan renovou os ataques às redes sociais.

"Acredito que o problema será resolvido em breve", disse Gul em Ancara, antes de viajar à Holanda, onde começa amanhã uma conferência internacional sobre segurança nuclear.

"É uma situação desagradável para um país desenvolvido como a Turquia, que é um nome internacional de peso e está em negociações com a União Europeia. Por isso, este problema será superado rapidamente", afirmou.

Erdogan renovou hoje os ataques ao Twitter, Facebook e YouTube, que havia ameaçado probir após as eleições municipais de 20 de março.

"Estas empresas recorrem a tudo, inclusive a montagens", declarou, durante um comício eleitoral na província de Kocaeli, noroeste do país.

"Não consigo entender como pessoas inteligentes podem defender o Facebook, YouTube e Twitter, onde há todo tipo de mentira", indignou-se.

A autoridade turca de telecomunicações proibiu na última quinta-feira o acesso ao Twitter, depois que Erdogan anunciou sua decisão de erradicar a rede de microblogs, o que lhe valeu uma onda de críticas internacionais.

A decisão foi percebida amplamente como uma tentativa do governo de calar as acusações de corrupção que pesam sobre o premier e pessoas do seu entorno, antes das eleições de 30 de março, que ganham ares de referendo a favor ou contra o chefe de governo, no poder desde 2003.

O governo Erdogan anunciou que decidiu pelo bloqueio porque a rede social, sediada nos Estados Unidos, vinha se recusando desde janeiro a obedecer a "centenas de decisões da Justiça" sobre a retiradas de gravações de conversas telefônicas pirateadas.

"O Twitter foi usado como ferramenta de difamação sistemática, fazendo circular gravações obtidas irregularmente, escutas telefônicas trucadas", indicou ontem à AFP o gabinete de Erdogan, numa declaração em inglês.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaEmpresasEmpresas americanasEmpresas de internetEuropaInternetPolíticosRedes sociaisTayyip ErdoganTurquiaTwitter

Mais de Tecnologia

Gigantes das redes sociais lucram com ampla vigilância dos usuários, aponta FTC

Satélites da SpaceX estão causando interferência nos equipamentos de pesquisadores, diz instituto

Desempenho do iPhone 16 chama atenção e consumidores preferem modelo básico em comparação ao Pro

iPhone 16 chega às lojas – mas os recursos de inteligência artificial da Apple, não