Tecnologia

Prefeitura do Rio pretende regulamentar aplicativos de táxi

O prefeito Marcelo Crivella vem conversando com as empresas a fim de "melhorar as condições dos táxis no Rio de Janeiro"

Táxis: "A ideia é que os apps possam contribuir para melhorar as condições dos táxis no Rio" (Tomaz Silva/ABr/Agência Câmara)

Táxis: "A ideia é que os apps possam contribuir para melhorar as condições dos táxis no Rio" (Tomaz Silva/ABr/Agência Câmara)

AB

Agência Brasil

Publicado em 26 de julho de 2017 às 16h26.

A prefeitura do Rio de Janeiro estuda formas de regulamentar os serviços de transporte por táxi e carros particulares que utilizam aplicativos para smartphone.

Segundo o prefeito Marcelo Crivella, as conversas com as empresas que prestam o serviço já começaram.

"Estamos fazendo audiências públicas, chamando o pessoal dos aplicativos, que é o 99, o Uber, o Easy, e falando também com os taxistas. A ideia é que estes aplicativos regularizados os impostos possam contribuir para melhorar as condições dos táxis no Rio de Janeiro. É muito importante", disse.

Crivella destacou o esforço para modernizar o serviço de táxi na cidade com o lançamento de um aplicativo da própria prefeitura, no dia 29 de maio, que está funcionando em fase de teste com 150 motoristas e deve entrar em vigor em agosto.

No mesmo dia os tradicionais táxis amarelos foram declarados como Patrimônio Cultural da cidade.

Segundo o prefeito, o aplicativo Taxi.Rio é um esforço para que os taxistas possam competir com o Uber em condições igualitárias.

Ele explica que, além de não haver remuneração do poder público pela utilização da tecnologia, como ocorre com os outros aplicativos, o serviço da prefeitura poderá resolver o pagamento de diárias pelos motoristas que não possuem a permissão.

"É preciso conciliar os interesses daqueles que são donos de táxis e querem cobrar diária de auxiliar. Lembra lá atrás, que a gente dizia 'diária nunca mais', que era uma coisa injusta o sujeito trabalhar no taxímetro? Então, agora, com o taxímetro digital, a gente pode estabelecer que o dono do táxi receba uma comissão sobre a corrida, e não uma diária fixa, porque uma diária fixa muitas vezes não ocorre na praça, o sujeito faz R$ 200 e tem que pagar uma diária de R$150, isso traz conflitos. Agora, com o aplicativo da prefeitura, nós podemos viabilizar isso, para que o auxiliar que precisa pagar diária pague a mesma coisa que o motorista de Uber paga para o aplicativo," explicou o prefeito.

Sindicato

O Sindicato dos Taxistas Autônomos do Município do Rio de Janeiro convocou para amanhã (27) uma manifestação prevista para concentrar a partir das 4h da manhã em diversos pontos da cidade e seguir em direção à prefeitura, na Cidade Nova, às 6h.

A categoria reivindica a regulamentação do transporte com carros particulares. O funcionamento do Uber na cidade está sob análise da Justiça e Crivella também declarou hoje que a decisão final cabe ao judiciário.

Os taxistas pedem fiscalização nos outros aplicativos e em estacionamentos irregulares próximos aos shoppings, aeroportos, eventos, shows e da rodoviária; descredenciamento do Easy e do 99, que, segundo o sindicato, opera na mesma plataforma que o aplicativo de carro particular; e a prorrogação do prazo de vida útil dos veículos de 6 para 8 anos, que já foi atendido pela prefeitura, com o Decreto 43.465/2017 publicado hoje no Diário Oficial do município.

O prefeito Marcelo Crivella conversou com a imprensa após visitar o Hospital Municipal Francisco da Silva Telles, em Irajá, na zona norte da cidade, que recebe esta semana um mutirão de cirurgias de hérnia.

Junto com o Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, na zona oeste, serão feitas um total de 120 cirurgias, em parceria com a Sociedade Brasileira de Hérnia, contribuindo para a redução da fila de espera no Sistema Nacional de Regulação.

Segundo o prefeito, o município tem atualmente 2 mil pessoas esperando por uma cirurgia de hérnia.

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