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Da Redação
Publicado em 28 de novembro de 2013 às 11h56.
São Paulo - Dentro do projeto de cidades digitais, a prefeitura de São Paulo pretende instalar um backbone ótico de aproximadamente 1.400 km na cidade. Isso será a soma dos cerca de 80 km de fibra que a administração já tem na região central com dois projetos que deverão gerenciar o tráfego e o transporte urbano de maneira inteligente. Um deles é o Centro Integrado de Mobilidade Urbana (CIMU), promovido pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) com a Secretaria de Transportes, que prevê cerca de mil km de fibra para interligar três mil semáforos na capital paulista.
Outro projeto é uma licitação que deverá sair até abril de 2014, que prevê a construção de novas vias exclusivas para o transporte público e nas quais o edital exige a construção de dutos para os cabos óticos. "Até o fim da gestão Haddad, teremos 300 km de corredores de ônibus com infraestrutura ótica", afirma o presidente da Empresa de Tecnologia da Informação e Comunicação do Município de São Paulo (Prodam), Márcio Bellisomi. Essa rede, que somada deverá ter cerca de 1.400 km de fibra e provavelmente terá gestão da Prodam, formará um backbone multiuso para outros órgãos públicos.
No CIMU, a ideia é ter um gerenciamento de tráfego que sincronize a gestão de frota de ônibus, que contam com um sistema "parecido com GPS", com os semáforos para dar prioridade ao transporte público. O grande desafio, afirma Bellisomi, é integrar esses três mil sinais de trânsito. "A rede foi implantada em três épocas diferentes, e com protocolos que não se conversam", explica. Segundo ele, há um projeto na USP que está desenvolvendo um barramento para garantir a intercomunicação entre essa infraestrutura legada.
Big data
Com isso, a Prefeitura espera gerar também uma grande quantidade de dados, que deverão ser analisados por duas centrais inteligentes para poder fazer a gestão, incluindo a identificação de lugares que precisam de intervalos de semáforos e até pontes e viadutos. "Optamos em São Paulo por ter duas centrais de monitoramento – uma para segurança e defesa civil, outra com foco na construção de procedimentos, processos e protocolos", diz Bellisomi. Na eventualidade de situações de crise, como enchentes ou desabamentos, ambos serão geridos por uma equipe só. "É um modelo que pressupõe a integração dos dois centros", diz o presidente da Prodam.