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Preços 'surrealistas' do Rio ganham crítica bem humorada na internet

A página 'Rio $urreal' teve sucesso imediato e tem mais de dos 80 mil seguidores

Rio $urreal (Reprodução)

Rio $urreal (Reprodução)

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Da Redação

Publicado em 19 de janeiro de 2014 às 12h07.

Os preços cada vez mais altos da cidade do Rio de Janeiro estão sendo denunciados com bom humor em uma página criada por cariocas cansados de números que, segundo eles, são "extorsivos".

A página "Rio $urreal", ilustrada com uma foto de Salvador Dalí, mestre do surrealismo, está hospedada no Facebook desde ontem, teve sucesso imediato e já neste sábado passava dos 55 mil seguidores.

"Fui ao Rio na semana passada e paguei R$ 5 na garrafinha de água em um quiosque da Praia do Pepê", diz uma das publicações na página, que não exagera no preço.

O fórum enfoca principalmente o preço das bebidas e da alimentação nas praias de Ipanema e de Copacabana, que sempre foram consideradas as opções de lazer "mais democráticas" da cidade, já que nelas convivem normalmente ricos e pobres.

A água de coco, tradicional nas praias cariocas, está custando R$ 5 e a garrafinha de água, R$ 4.

Em uma das primeiras publicações da página, aparece a fotografia do menu de uma barraca nas areias de Ipanema, onde o prato mais barato é um misto quente de R$ 20.

O "menu" também oferece salada verde a R$ 43, porção de camarões a R$ 90 e uma garrafa de champanhe, sem especificar a marca, a R$ 160 reais.

A "Rio $urreal" também denuncia o preço de uma simples colônia de férias infantil: "Olha esse lugar,(...) o preço por criança para participar da colônia de ferias é de 1.200 surreais (sic)".

Na mira dos cariocas que criaram a página também aparece o custo da habitação no Rio.

"Uma das coisas que mais têm afetado os cariocas é o preço dos aluguéis. Surreal" dizia a postagem, que pediu aos usuários sugestões para fugir da carestia.

A inflação no Rio costuma superar a do Brasil e desde 2010 acumula uma alta de 26,48%, segundo números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), enquanto o indicador somou 24,26% em todo o país.

A disparada dos preços da hotelaria e das passagens de avião preocupou o governo, que pressionou tanto o setor hoteleiro quanto as companhias aéreas para que moderem suas tarifas durante a Copa 2014.

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