Tecnologia

Preço ‘flutuante’ do bitcoin faz malware sequestrador se adaptar

Preço cobrado pelo resgate caiu de 2 bitcoins para 0,5 em questão de um mês; valor da moeda virtual foi de

cryptolocker (Reprodução)

cryptolocker (Reprodução)

DR

Da Redação

Publicado em 22 de novembro de 2013 às 14h56.

Um ransomware chamado CryptoLocker está assombrando computadores nos EUA. Ele “sequestra” PCs e cobra um resgate, que pode ser pago em dinheiro ou em bitcoins. E os criadores parecem estar atentos ao mercado: a variação de preço da moeda virtual fez com um update da ameaça fosse liberado, diminuindo o valor cobrado para libertar a máquina.

De acordo com a F-Secure, o preço inicial de 2 bitcoins foi reduzido para 0,5 na última versão do ransomware. A mudança foi motivada pela alta nada sutil no preço da moeda, que saltou dos cerca de 200 dólares/bitcoin de outubro para mais ou menos 740 dólares/bitcoin neste fim de novembro, de acordo com o MTGOX.

Ou seja, apesar de não serem bem-intencionados, os criadores do CryptoLocker aparentemente não querem fugir muito do valor de 300 dólares cobrado pelo resgate. O ransomware, claro, também permite o pagamento em dinheiro “real” – e o preço é de exatamente 300 dólares ou euros, adaptável de acordo com a moeda do país da vítima.

O CryptoLocker – A perigosa ameaça ganhou os holofotes há algumas semanas, quando um alerta relacionado a ela foi emitido pelo departamento de segurança norte-americano. Parte de uma categoria chamada “ransomware”, o vírus sequestra computadores e criptografa alguns dados, apenas como uma prévia do que é capaz de fazer.

Um aviso então é exibido, dizendo à vítima que seus arquivos pessoais foram encriptados, e só serão liberados com a ajuda de uma chave “personalizada”, criada especialmente para a máquina. Essa chave precisa ser comprada dos invasores pelo usuário – o tal pedido de resgate – em menos de 72 horas. Se o limite for excedido, o código será apagado pelos servidores e todo o computador será criptografado, resultando na perda de todos os arquivos. E o que é mais assustador: nem mesmo os backups se salvam em alguns dos casos.

As únicas formas de reverter o ataque do CryptoLocker são pagar o resgate ou atrasar o relógio da BIOS do computador. Nesse segundo caso, no entanto, se as 72 horas se passarem, o malware se desinstala, mas os arquivos criptografados inicialmente continuarão bloqueados.

Mas é possível evitá-lo simplesmente não clicando em links suspeitos que chegam por e-mail, por exemplo – a principal forma de propagação do ransomware nos EUA são mensagens vindas de empresas de correio. Versões atualizadas de antivírus também devem ajudar a prevenir infecções pelo CryptoLocker – e é bom o fazer, já que a ameaça não está mais limitada aos Estados Unidos.

Acompanhe tudo sobre:ComputadoresINFOMalwareseguranca-digital

Mais de Tecnologia

Segurança de dados pessoais 'não é negociável', diz CEO do TikTok

UE multa grupo Meta em US$ 840 milhões por violação de normas de concorrência

Celebrando 25 anos no Brasil, Dell mira em um futuro guiado pela IA

'Mercado do amor': Meta redobra esforços para competir com Tinder e Bumble