Tecnologia

Positivo se une a empresa de Israel para acelerar startups de educação

Em Manaus, aceleradora de EdTechs terá espaço para novas ideias, empresas iniciantes e projetos empreendedores de professores

União: Representantes da Positivo Tecnologia e MindCET firmam parceria na presença do ministro Marcos Pontes (Positivo Tecnologia/Divulgação)

União: Representantes da Positivo Tecnologia e MindCET firmam parceria na presença do ministro Marcos Pontes (Positivo Tecnologia/Divulgação)

Lucas Agrela

Lucas Agrela

Publicado em 2 de abril de 2019 às 17h54.

Última atualização em 2 de abril de 2019 às 17h58.

São Paulo – Durante a visita do presidente Jair Bolsonaro a Israel, a Positivo Tecnologia firmou um acordo de colaboração com a MindCET, uma empresa de tecnologia educacional israelense. O acordo prevê a aplicação do modelo de inovação da companhia no mercado brasileiro. Até maio, o projeto já tomará forma no Brasil.

O local escolhido para a aceleradora é a cidade de Manaus, seguindo a ideia da MindCET de aproveitar o isolamento de grandes centros urbanos para desenvolver novos empreendimentos. Em Israel, além de sede em Tel Aviv, a companhia tem uma unidade no deserto de Negev. "Estamos confiantes de que a nossa sinergia facilitará a aceleração de projetos e beneficiará o sistema educacional de ambos os países e ao redor do mundo”, diz, em nota, Avi Warshavsky, presidente-executivo da MindCET.

Além de montar a aceleradora, a Positivo irá introduzir e adaptar as melhores práticas da MindCET para desenvolver projetos de tecnologia educacional. A tendência de startups desse ramo recebeu o apelido de EdTechs (junção das palavras education e technology, em inglês).

O projeto contará com a verba da Positivo Tecnologia para pesquisa e desenvolvimento, que corresponde a 5% do seu faturamento. A empresa não revelou o investimento nessa iniciativa.

Em entrevista a EXAME, Rebeca Barbalat, diretora de marketing e produtos da Positivo Tecnologia Educacional, divisão da Positivo Tecnologia dedicada à inovação no ensino, conta que o primeiro desafio é aplicar e adaptar as práticas da MindCET à realidade brasileira." Queremos aprender com eles a cultura das startups e o pensamento global de negócios. Se eles não tiverem esse pensamento em escala mundial, como são menores do que nós, com cerca de 8 milhões de habitantes, eles não têm mercado", afirma Barbalat.

A partir de maio, começam as rodadas de avaliação e aceleração de ideias que possam virar negócios em três anos e tenham impacto positivo na educação em nível global. Em setembro, o plano é iniciar a etapa de aceleração de startups. No ano que vem, vem a terceira fase, que consistirá na aceleração de projetos empreendedores de professores. Eles terão tempo para dedicarem-se às ideias que tenham potencial de mudar a educação com a ajuda da tecnologia.

A contrapartida da parceria entre a Positivo Tecnologia e a MindCET é que os novos negócios desenvolvidos no Brasil serão levados para Israel.

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