WhatsApp foi banido para uso em dispositivos oficiais da Câmara de Deputados dos EUA, mas é liberado para utilização no Senado do país (Freepik / Edição)
Redator
Publicado em 24 de junho de 2025 às 15h14.
A crescente preocupação com segurança dos dados e o vazamento de informações confidencias tem levado governos de todo o mundo a restringir o acesso a alguns aplicativos, especialmente durante o uso de dispositivos oficiais. No início da semana, o WhatsApp, app de mensagens da Meta, foi incluído em uma lista de ferramentas proibidas para equipamentos fornecidos aos funcionários da Câmara dos Deputados dos EUA.
Essa decisão foi tomada devido a preocupações com segurança dos dados, refletindo o crescente escrutínio do uso de tecnologias e os riscos percebidos para a privacidade dos dados sensíveis de funcionários do governo. Agora, o WhatsApp figura ao lado do chatbot de inteligência artificial chinês DeepSeek. O ChatGPT, da OpenAI, e o Copilot, da Microsoft, também já foram alvo de restrições ou limitações de uso.
Por meio de um porta-voz, a Meta contestou a decisão, lembrando que o WhatsApp já é aprovado para uso oficial no Senado dos EUA. A empresa afirmou que a plataforma oferece criptografia de ponta a ponta, garantindo que as mensagens não possam ser lidas por ela, o que representa um nível de segurança superior ao de outros aplicativos aprovados para uso. Além disso, afirmou que o WhatsApp não armazena as mensagens em servidores, oferecendo maior proteção para dados confidenciais.
O banimento do WhatsApp ocorre no contexto de um histórico de conflitos entre a Meta e o governo dos EUA. A empresa ainda aguarda a decisão de um juiz federal sobre a ação movida pela Comissão Federal de Comércio (FTC), que busca dissolver a Meta por práticas consideradas monopolistas.
Além disso, a Meta tem enfrentado críticas de legisladores norte-americanos há anos, principalmente em relação à moderação de conteúdo. A empresa é acusada de não proteger adequadamente menores de idade, enquanto censura ou amplifica alguns tipos discursos, infringindo, com isso, a liberdade de expressão tipificada na lei americana.