Facebook: a empresa construiu um laboratório de inteligência artificial em Paris, na França. (Wikimedia Commons/Montagem INFO)
Da Redação
Publicado em 2 de junho de 2015 às 17h48.
São Paulo – O Facebook abriu um laboratório de inteligência artificial em Paris, na França, nesta semana. Esse é o terceiro escritório dedicado ao assunto que a empresa inaugura. Os dois primeiros foram construídos no Vale do Silício e em Nova York.
Em março, o CTO do Facebook Mike Schroepfer disse, na conferência F8, que a inteligência artificial é uma das três grandes apostas da empresa para o futuro. As outras duas são a realidade virtual e a conectividade.
A inteligência artificial pode ajudar o Facebook a processar automaticamente todos os dados da rede social. Isso tornará as informações mais úteis para os usuários e para a publicidade.
Schroepfer disse no F8 que mais de 1 bilhão de usuários do Facebook estão colocando mais imagens e vídeos na plataforma do que a companhia pode acompanhar. Assim, se a rede social fizer um algoritmo para detectar os arquivos, todos eles serão classificados mais rapidamente.
Desse modo, para fechar essa lacuna, o Facebook abriu o escritório de pesquisas de inteligência artificial (FAIR, sigla em inglês) em Paris. O diretor de inteligência artificial da rede social Yann LeCun disse à revista Wired que a empresa quer encontrar novos talentos na Europa.
"É nossa esperança que essa pesquisa em Paris nos ajude a melhorar serviços como a linha do tempo, as fotos e a busca para que o usuário se conecte e compartilhe de uma maneira totalmente nova", LeCun disse.
Além do Facebook, outras empresas de tecnologia estão investindo em inteligência artificial. O Google, por exemplo, está desenvolvendo vários recursos para que o Google Now seja mais útil, sem a necessidade de alternar apps. A Microsoft também pretende deixar sua assistente digital, a Cortana, mais inteligente com as novas tecnologias.
Atualmente, o Facebook utiliza a tecnologia de aprendizado profundo para reconhecer imagens na rede social.
O próximo grande passo da empresa, segundo Le Cun, é o processamento natural de linguagens. Isso significa que as máquinas não irão entender apenas palavras individuais, mas também frases e parágrafos inteiros.