Da Redação
Publicado em 12 de setembro de 2013 às 10h00.
Criar as chamadas cidades inteligentes faz parte da agenda mundial para as próximas décadas. Integrar pessoas, economia, meio ambiente, governo e mobilidade é a chave para isso e, para chegarmos lá, a tecnologia estará ao nosso lado: tais cidades só existirão com o uso preciso e inteligente do big data.
Para integrar elementos tão grandes na vida de uma sociedade, o uso da enorme quantidade de dados que produzimos será imprescindível. Entender melhor o trânsito de uma cidade e as mudanças de comportamento dos usuários de transporte público passa pela coleta eficiente de dados para criação de ferramentas interativas que conectem os cidadãos.
A cidade do Rio de Janeiro já deu seus primeiros passos para se transformar em uma cidade inteligente: a criação do Centro de Operações do Rio de Janeiro (COR) é um exemplo de como juntar diferentes dados de forma inteligente para criar um lugar melhor para se viver. O COR monitora dados de mais de 30 órgãos públicos, como CET, Guarda Municipal e Light, para mapear e apontar locais que requerem qualquer tipo de apoio – seja um farol quebrado causando lentidão ou uma árvore caída trazendo riscos à rua.
No COR, um mapa especial chamado de PMAR traz detalhes de dados meteorológicos e, baseada em um modelo climático, a equipe é capaz de prever situações de risco para moradores de regiões consideradas perigosas. Com o uso bem feito do big data, o centro é capaz de juntar e analisar todas as informações necessárias para evacuar um local e evitar catástrofes.
O estado da Pensilvânia, nos Estados Unidos, é outro local que está usando o big data a seu favor para ser um estado mais inteligente. Pode parecer brincadeira, mas, antes do big data, as autoridades locais contavam a olho nu o fluxo intenso de carros nas vias do estado: agentes eram destacados para contabilizar e anotar esse tipo de informação.
Recentemente, um novo sistema de controle foi criado usando informações anônimas colhidas por meio do uso dos GPSs veiculares. Com os dados dos satélites em mãos e um sistema interno bem desenvolvido e posicionado na capital Harrisburg, é possível planejar mudanças de tráfego, quais locais precisam de auxílio e até medir com precisão a velocidade média de cada trecho de rodovia.
Com soluções assim, as cidades inteligentes poderão desenvolver todo seu potencial. A capacidade de analisar um amontoado tão grande de dados é a chave para que tenhamos uma vida melhor. Pensar grande facilita a ação em todos os tipos de problema, mesmo aqueles que parecem pequenos.