Tecnologia

Popularidade de consoles de videogame resiste a smartphones

Games em tablets e "smartphones" são cada vez melhores, mas a expectativa que ronda a apresentação do PlayStation 4 demonstra que os videogames não saem de moda

Visitantes admiram o novo console da Sony, o PlayStation 4: prova da vitalidade deste setor foi o lançamento do "Grand Theft Auto V", o videogame mais aguardado do ano (Yoshikazu Tsuno/AFP)

Visitantes admiram o novo console da Sony, o PlayStation 4: prova da vitalidade deste setor foi o lançamento do "Grand Theft Auto V", o videogame mais aguardado do ano (Yoshikazu Tsuno/AFP)

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Da Redação

Publicado em 20 de setembro de 2013 às 11h12.

Tóquio - Os games em tablets e "smartphones" são cada vez melhores, mais variados e rápidos, mas a expectativa que ronda a apresentação do PlayStation 4, prevista para novembro, em Tóquio, demonstra que os videogames não saem de moda, afirmam especialistas.

Uma prova da vitalidade deste setor milionário foi, segundo eles, o furor provocado pelo lançamento do polêmico "Grand Theft Auto V", o videogame mais aguardado do ano, que provocou uma corrida às lojas na terça-feira, quando foi posto à venda.

E o mercado prevê que o novo console PlayStation 4, da Sony - que o anuncia como uma plataforma de diversão familiar, que conjuga games, vídeos, música e televisão - criará uma excitação similar, quando for apresentado no Tokio Game Show 2013, celebrada entre quinta e domingo na capital japonesa.

Para os especialistas, a explicação é que embora o mercado de videogames e consoles não esteja em seu nível mais elevado, os jogadores vão continuar querendo ver seus games favoritos em máquinas sofisticadas e rápidas.

As vendas de consoles - fixos ou portáteis - e games superaram os 700 bilhões de ienes (US$ 7 bilhões) no Japão em 2007, um ano depois do lançamento do Wii da Nintendo e o PlayStation 3, da Sony.

Mas em 2012, o mercado doméstico encolheu para 485 bilhões de ienes, segundo a associação especializada Computer Entertainment Supplier"s.

Este retrocesso contrasta fortemente com o mercado cada vez mais forte dos jogos sociais, que implicam alguma forma de comunicação remota com os outros, e que no Japão costumam ser jogados em smartphones e tablets.

Segundo cifras da indústria, este setor representa um volume de negócios de 400 bilhões de ienes.


O especialista Hisakazu Hirabayashi, um conhecido analista do setor de videogames que chefia a consultoria InteractKK, com sede em Tóquio, afirmou que alguém que não seja conhecedor do mercado poderia tirar a conclusão de que os consoles não são atuais e que desaparecerão no futuro próximo.

Mas estaria muito enganado, afirmou. "É um mercado que não está crescendo, mas que se mantém estável", explicou Hirabayashi à AFP.

A venda de videogames caiu em 2009 para 300 bilhões de ienes e se estabilizou neste nível desde então, acrescentou.

Para uma parte da sociedade, os videogames representam uma forma de entretenimento, que se ama e nunca será abandonada e substituída por um formato que não se considera tão atraente, disse.

Estes gadgets "têm seu próprio estilo e uma base sólida de admiradores", acrescentou o especialista, destacando que representam uma "certa moda cultural" que continua atraindo muita gente.

Segundo Hirabayashi, os consoles estão arraigados na vida de parte da população japonesa, adquirindo uma espécie de status cultural, como o sumô e o teatro kabuki.

"Da mesma forma que muitos vão ao teatro para ver seus atores de kabuki preferidos", outros compram a última versão de séries de jogos como Final Fantasy e Dragon Quest, observou o especialista.

Por este motivo, previu Hirabayashi, o novo console da Sony encontrará público. "Não provocará um salto nas vendas, mas não será um fracasso", previu.

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