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Polinização por abelhas em morangos produz frutos maiores

A experiência mostrou que as frutos polinizadas pelas abelhas tinham um peso superior, menos imperfeições, uma cor mais vermelha e estavam mais firmes

abelha (©afp.com / Eric Feferberg)

abelha (©afp.com / Eric Feferberg)

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Da Redação

Publicado em 4 de dezembro de 2013 às 07h35.

A polinização das abelhas em morangos produz frutos maiores, mais vermelhos e mais firmes, revela estudo publicado nesta quarta-feira, com o objetivo de mostrar que os benefícios econômicos ligados às abelhas ainda são subestimados.

Os trabalhos, coordenados por Björn Klatt, da Universidade de Goettingen, na Alemanha, compararam os morangos polinizados pelas abelhas, pelo vento e pela autopolinização.

A experiência mostrou que as frutos polinizadas pelas abelhas tinham um peso superior, menos imperfeições, uma cor mais vermelha e estavam mais firmes. Essa última característica prolongou sua vida no morangueiro.

Os morangos polinizados pelas abelhas pesam, em média, 11% a mais do que aqueles que foram polinizados pelo vento, e 30% a mais do que por autopolinização, de acordo com os trabalhos publicados na revista britânica "Proceedings of the Royal Society B".

O fato de serem mais firmes lhes permite ter uma maior durabilidade de exposição no pé - de 12 a 26 horas a mais -, o que tem implicações comerciais significativas, acrescentam os pesquisadores.

Os melhores resultados obtidos podem ser explicados pela polinização mais completa de pequenos grãos na parte externa dos morangos, que desempenham um papel no sistema hormonal do fruto.

Excedendo seus resultados para outras culturas, os autores estimam que a polinização pelas abelhas foi, de modo geral, "subestimada até agora" e constitui um elemento "vital e economicamente importante" da qualidade das frutas.

O estudo destaca que 90% dos morangos não podem mais ser comercializados depois de quatro dias de estocagem. Em um mercado europeu de 1,5 milhão de toneladas, a polinização das abelhas poderá reduzir as perdas em 11%, ou seja, 236 milhões de euros por ano, segundo os cálculos dos cientistas.

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