Tecnologia

Polícia chinesa usa óculos inteligentes para identificar pessoas

Basta que o policial olhe para alguém para acessar informações daquela pessoa; sistema encontra foragidos, mas também pode prejudicar cidadãos inocentes

China: óculos inteligentes foram usados pela polícia (tm_pictures/Thinkstock)

China: óculos inteligentes foram usados pela polícia (tm_pictures/Thinkstock)

Victor Caputo

Victor Caputo

Publicado em 12 de fevereiro de 2018 às 07h00.

Última atualização em 12 de fevereiro de 2018 às 07h00.

A polícia chinesa começou a utilizar óculos equipados com tecnologia de reconhecimento facial para identificar criminosos procurados pela lei. Os aparelhos estão conectados remotamente a um banco de dados de suspeitos, o que significa que os agentes da lei podem encontrar fugitivos no meio de multidões.

A tecnologia já auxiliou a polícia a capturar sete bandidos, de acordo com a imprensa estatal. Os sete eram acusados de crimes que iam de fugir de um acidente de carro até tráfico humano.

Os policiais também já puderam identificar 26 pessoas que utilizavam identidades falsas, segundo a imprensa chinesa. O sistema tira fotos de indivíduos e compara com o banco de dados disponível – em caso de "match", dados pessoais (como nome completo e endereço residencial) são mostrados para o oficial.

A China é líder mundial em tecnologia de reconhecimento facial e monitoramento em grande escala: tem 170 milhões de câmeras de circuito fechado, e deve instalar mais 400 milhões nos próximos três anos.

Críticos da medida acusam a tecnologia de oferecer ainda mais poder às autoridades, que poderiam perseguir dissidentes políticos e até mesmo minorias étnicas.

Este texto foi publicado originalmente no site Superinteressante.

Acompanhe tudo sobre:ChinaÓculos

Mais de Tecnologia

Pressionado, Biden afrouxa regras ambientais para construção de fábricas de chips e data centers

Sundar Pichai prevê anos de batalhas judiciais para o Google em processos antitruste

TikTok vai encerrar serviço de música após tentativa de competir com Spotify e Apple

Os objetivos de Mark Zuckerberg para a próxima década