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Plano WhatsApp da TIM não fere Marco Civil, diz especialista

O Ministério Público da Bahia entrou com inquérito contra a TIM afirmando que o plano TIM WhatsApp fere o Marco Civil da Internet


	WhatsApp: plano da TIM que dá acesso grátis ao app não fere Marco Civil da Internet, diz advogado
 (Reprodução)

WhatsApp: plano da TIM que dá acesso grátis ao app não fere Marco Civil da Internet, diz advogado (Reprodução)

Victor Caputo

Victor Caputo

Publicado em 27 de janeiro de 2015 às 16h40.

São Paulo – O plano de WhatsApp da TIM entrou na mira do Ministério Público da Bahia. O inquérito contra a operadora afirma que existe descumprimento das regras do Marco Civil da Internet.

O Ministério Público questiona se a ação da TIM fere o princípio da neutralidade da rede, previsto no Marco Civil. A neutralidade afirma que as operadoras não podem priorizar alguns dados em detrimento de outros.

“Na nossa opinião, o plano da TIM não vai contra o Marco Civil da Internet. Dar algo a mais não fere a neutralidade. Se uma operadora quiser dar algo de graça, o Marco Civil não a impede”, disse a EXAME.com Adriano Mendes, advogado especialista em tecnologia e sócio do escritório Assis e Mendes.

O plano é similar aos que existem em outras operadoras. Alguns deles oferecem acesso a redes sociais, como o Facebook, ou então a serviços online como a Wikipedia.

“Agora, esse inquérito do Ministério Público deverá ser arquivado. Nenhum juiz vai dizer que a TIM está errada ao oferecer esse plano”, afirma Mendes.

Sem regulamentação

A ausência da regulamentação no Marco Civil da Internet ainda é um empecilho. Sem ela, o Marco Civil ainda não tem efeito prático. Falta dizer quem vai regular e quem vai fiscalizar o setor.

O documento aprovado no ano passado serve, portanto, como uma carta de princípios. “O Marco Civil da Internet ainda tem brechas legais. Elas devem sumir somente após a regulamentação”, afirma Mendes.

A partir de amanhã começarão os debates públicos para a regulamentação do Marco Civil da Internet. Eles serão realizados pelo Ministério da Justiça.

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