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Pioneiro da "vingança pornô" pode ficar até 7 anos preso

Hunter Moore é o fundador e administrador do "Is Anyone Up?", um dos primeiros sites a postar fotos de homens e mulheres em relações sexuais sem consentimento

Hunter Moore: no auge, sua página tinha quase 30 milhões de usuários mensais (Reprodução)

Hunter Moore: no auge, sua página tinha quase 30 milhões de usuários mensais (Reprodução)

DR

Da Redação

Publicado em 20 de fevereiro de 2015 às 08h55.

São Paulo - Após uma batalha jurídica que se estendeu por quase cinco anos, o pioneiro do revenge porn Hunter Moore será preso.

O americano de 28 anos admitiu nesta quarta-feira (18) sua culpa pelos crimes de invasão de computadores, como parte de um acordo judicial que limita em, no máximo, sete anos seu tempo de cadeia.

Moore, porém, irá ficar pelo menos dois anos preso, além de ser obrigado a pagar multa ao governo americano.

Hunter Moore é o fundador e administrador do "Is Anyone Up?", um dos primeiros sites a postar fotos de homens e mulheres em relações sexuais sem o consentimento delas.

A página ainda compartilhava links para o perfil dos fotografados no Facebook e Twitter.

Fundada em 2010, a página foi acusada de extorsão, ao condicionar a exclusão das imagens postadas ao pagamento de um determinado valor aos administradores do site.

No auge do "Is Anyone Up?", seu fundador arrecadava 10 mil dólares mensais apenas em publicidade e a página tinha quase 30 milhões de usuários mensais.

Em abril de 2012, Moore vendeu o site para um grupo antibullying americano, após ser agredido por uma mulher cuja foto foi estampada no site.

Preso em janeiro de 2014, Moore já havia perdido um processo por difamação em 2013, movido por uma das vitimas da página.

Mas como na época de sua prisão ainda não haviam leis específicas contra o revenge porn, Moore está sendo processado por outro crime: ele teria sido o cúmplice de Charles Evens na invasão de computadores, para obter mais fotos para o "Is Anyone Up?".

Os promotores federais americanos afirmam que a dupla entrou no computador de nove vitimas diferentes, que garantiram a Evens o pagamento de seis "recompensas" pelas imagens.

Segundo o acordo firmado por Hunter Moore e o governo americano, ele também terá seu acesso à internet restrito quando for libertado.

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