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Pinterest inova e se valoriza com união de Tumblr e Yahoo!

Rede lançou recursos que oferecem mais detalhes sobre produtos, receitas e filmes “pinados”. Uma estratégia que aproximará ainda mais os usuários e as marcas

Pinterest renova "pins": agora, usuários vão poder visualizar mais informações acerca dos produtos, receitas ou filmes ''pinados" na rede social (Pinterest/Reprodução)

Pinterest renova "pins": agora, usuários vão poder visualizar mais informações acerca dos produtos, receitas ou filmes ''pinados" na rede social (Pinterest/Reprodução)

Gabriela Ruic

Gabriela Ruic

Publicado em 22 de maio de 2013 às 12h17.

São Paulo – O Pinterest, rede social de compartilhamento de imagens, lançou nesta semana recursos que estreitarão ainda mais os laços entre seus usuários e as marcas. Agora, será possível visualizar informações detalhadas acerca dos produtos, receitas e filmes “pinados” no site.

No que diz respeito aos produtos, um dos grandes atrativos da rede, estes “pins” contarão com preço, disponibilidade e local onde poderão ser encontrados. Em relação às receitas, outro assunto popular no Pinterest, usuários conseguirão visualizar o tempo de preparo, ingredientes e a quantidade de porções.

Já quando se fala em filmes, o “pin” irá exibir, por exemplo, o elenco que participa da produção, bem como sua classificação indicativa. Anteriormente, para que fosse possível obter tais informações, era necessário que o usuário clicasse no “pin”, deixasse o Pinterest e acessasse a loja virtual da marca.

As novidades são fruto de parcerias firmadas entre a rede e grandes lojas virtuais, publicações gastronômicas e sites ou serviços de filmes. Entre os nomes que passam a colaborar para trazer mais informações aos “pins” estão as lojas virtuais Etsy, marcas como Urban Outfitters e Sephora, além do site de receitas Epicurious e o serviço de streaming de filmes e seriados, Netflix.


De acordo com o Pinterest, contudo, nem todos os “pins” estarão prontos para exibir estas novas informações. Aqueles que já contam com a novidade poderão ser identificados através de ícones que mostram quem é o autor do conteúdo publicado. Apesar disso, a rede social informa que o objetivo é que todas as publicações passem a contar com tais informações.

Mina de ouro

Do ponto de vista das marcas e anunciantes, as novidades anunciadas pela rede de Ben Silbermann devem alçar o relacionamento entre as partes a um novo patamar. Isso porque grandes marcas do varejo estarão ainda mais próximas de um público mais que desejado.

Nos Estados Unidos, por exemplo, a maioria dos usuários do Pinterest são mulheres adultas, com menos de 50 anos, ensino superior completo e de alta renda. Este perfil foi revelado por um estudo recente elaborado pela organização Pew Research Center.

Outro número que chama a atenção dos anunciantes é o fato de que, em termos de usuários, o Pinterest está quase alcançando o Twitter. Enquanto 16% dos entrevistados declararam contar com perfis na rede de microblogs, 15% asseguraram que são usuários do site de compartilhamento de imagens.


 

A última grande rede

Enquanto Marissa Mayer e David Karp, CEOs do Yahoo! e Tumblr, anunciavam que a rede de blogs passaria a fazer parte do portfólio da empresa, Silbermann não dá sinais de que pretende vender seu site. Com a aquisição do Tumblr, o Pinterest se tornou a última grande rede social que pode ser comprada por alguma gigante da tecnologia.

E, segundo a revista Wired, muitas empresas já teriam tentado e oferecido lances bilionários pela rede, até mesmo o Google. Porém, investidores ouvidos pela publicação apostam que Silbermann pretende se continuar firme no jogo, mesmo que seja para valorizar o seu site.

A revista ainda lembra que, em fevereiro, o Pinterest recebeu 200 milhões de dólares em investimentos, montante que lançou o seu valor de mercado a cifras bilionárias: 2,5 bilhões de dólares. “E com a compra do Tumblr por 1,1 bilhão, o preço do Pinterest deve ter aumentado consideravelmente”, pontuou a Wired.

Os próximos capítulos da novela do Pinterest devem continuar um mistério. Mas a Wired considera apenas duas opções: se for colocado à venda, analistas preveem que apenas Google, Ebay ou Amazon teriam cacife para adquiri-lo. Outra opção, especula a publicação, seria o caminho da abertura de capital da rede social na bolsa de valores. 

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