Com 5 milhões de unidades vendidas entre outubro e março, o Galaxy Note, da Samsung, colocou os phablets em destaque (Divulgação)
Maurício Grego
Publicado em 31 de maio de 2012 às 17h10.
São Paulo — Smartphone ou tablet? Para uma parcela crescente dos consumidores, a resposta está num aparelho maior que um smartphone típico, mas menor que um tablet, o phablet. A categoria ganhou destaque em março, quando a Samsung divulgou que havia vendido 5 milhões de unidades do Galaxy Note, com tela de 5,3 polegadas.
Isso equivale a cerca de 1 milhão de unidades vendidas por mês desde que o aparelho foi lançado, em outubro. Agora, fabricantes como LG, HTC e Huawei se preparam para seguir o exemplo da empresa sul-coreana. Elas devem lançar seus phablets nas próximas semanas. Um estudo da ABI Research prevê que as vendas desses dispositivos serão, neste ano, dez vezes maiores que em 2011. Em 2015, 208 milhões serão vendidos no mundo.
Para a ABI, phablets são aparelhos com tela entre 4,6 e 5,5 polegadas. Essa é uma definição ampla, que inclui o recém-lançado Galaxy S III, da Samsung, com tela de 4,8 polegadas, que deve chegar ao Brasil nos próximos dias. Inclui também o Galaxy Nexus, o aparelho com tela de 4,7 polegadas que a Samsung desenvolveu em parceria com o Google.
“Uma das principais razões para o sucesso dos phablets está no tempo que as pessoas passam usando o smartphone para navegar na web e para ler notícias e outros textos”, diz Joshua Flood, analista sênior da ABI. “A tela maior faz muita diferença na experiência do usuário quando comparada com uma de tamanho convencional, entre 3,5 e 4 polegadas”, avalia ele.
Para Flood, além de substituir os smartphones menores, os phablets também atraem pessoas que querem ter um único dispositivo em vez de um celular e um tablet. Por isso, eles também competem com os tablets compactos. Estudos como esse devem fazer sorrir os fabricantes de smartphones com Android. Como a Apple (ao menos por enquanto) está fora do segmento de phablets, esses fabricantes têm chance de ganhar terreno em relação à rival investindo nesses aparelhos, como fez a Samsung.