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Petraeus critica vazamentos do WikiLeaks

Washington - O general David Petraeus, comandante das forças americanas e internacionais no Afeganistão, criticou o site WikiLeaks pelo que chamou de "reprovável" divulgação de documentos confidenciais da guerra, que segundo ele colocou em risco aliados de Washington. "Há nomes de informantes e, em alguns casos, os nomes verdadeiros de indivíduos com os quais nos […]

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Da Redação

Publicado em 15 de agosto de 2010 às 17h54.

Washington - O general David Petraeus, comandante das forças americanas e internacionais no Afeganistão, criticou o site WikiLeaks pelo que chamou de "reprovável" divulgação de documentos confidenciais da guerra, que segundo ele colocou em risco aliados de Washington.

"Há nomes de informantes e, em alguns casos, os nomes verdadeiros de indivíduos com os quais nos associamos em missões difíceis em lugares difíceis", declarou Petraeus ao canal NBC, ao comentar uma anunciada nova divulgação de arquivos secretos do Pentágono, obtidos pelo WikiLeaks, um site especializado em vazar informações de inteligência.

"Obviamente isto é reprovável", completou.

O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, anunciou que o site mantém o plano de publicar 15.000 documentos secretos americanos sobre a guerra no Afeganistão que tem em seu poder.

"Isto é um abuso de confiança", criticou Petraeus.

No fim de julho, o WikiLeaks enviou aos jornais The New York Times (EUA), Der Spiegel (Alemanha) e The Guardian (Inglaterra) quase 92.000 documentos sobre operações militares dos Estados Unidos no Afeganistão.

Neste sentido, Petraeus considerou que, apesar de não serem aquivos confidenciais, publicá-los foi uma decisão "muito pouco feliz".

Para Assange, um ex-hacker australiano de 39 anos, levar a público os documentos ajudará no debate sobre a guerra no Afeganistão e sobre possíveis atrocidades das forças lideradas pelos Estados Unidos neste país.

Os arquivos do Pentágono divulgados incluem detalhes inéditos da guerra e relatórios da situação no campo de batalha, com datas que vão de 2004 a 2010, entre eles denúncias da inteligência militar americana de que o serviço secreto paquistanês (ISI) trabalha com insurgentes afegãos.

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