Tecnologia

Pesquisadores otimizam transmissão de energia elétrica sem fio

Equipamento desenvolvido pela Intel permite transmissão em qualquer direção a distância de até 70 centímetros

Emily Cooper, cientista do Intel Labs, mostra um alto falante funcionando sem a necessidade de fios (.)

Emily Cooper, cientista do Intel Labs, mostra um alto falante funcionando sem a necessidade de fios (.)

DR

Da Redação

Publicado em 7 de julho de 2010 às 12h51.

São Paulo - Pesquisadores da Intel demonstraram hoje que já conseguem transmitir energia elétrica sem fio para receptores em movimento. A tecnologia permite transmissão de corrente a partir de uma bobina, em qualquer direção, até uma distância de 70 centímetros, e é anunciada pela empresa como o primeiro passo para a eliminação dos cabos de alimentação de equipamentos eletrônicos.

Transmitir energia elétrica pelo ar não chega a ser novidade. A própria Intel já havia apresentado experimentos no mesmo sentido em 2008, quando o chefe do departamento de tecnologia, Justin Rattner, mostrou uma lâmpada de 60W acessa, sem conexão com qualquer cabo. A transmissão ocorre por meio de uma frequência específica que ressoa de um campo magnético gerado a partir de uma fonte.

Só agora, entretanto, os pesquisadores do Intel Labs de Seattle, nos Estados Unidos, mostraram que é possível mover a bobina receptora de energia até 70 centímetros ao redor do transmissor. Segundo a empresa, um algoritmo especial de rastreamento assegura o índice constante de energia. Além disso, o receptor já não precisa mais estar alinhado paralelamente ao transmissor. "Os algoritmos adaptativos para a sintonização automática agora permitem que as bobinas do transmissor e do receptor fiquem a um ângulo de até 70 graus com a eficiência da transmissão permanecendo firme em 70%", diz a Intel em uma nota enviada à imprensa.

Entre as aplicações futuras da tecnologia citadas pela Intel estão a integração de transmissores de energia a mesas, que poderiam carregar celulares e notebooks automaticamente, sem necessidade de cabos; marca-passos cardíacos que dispensariam fios subcutâneos para carga; além de controles remotos, fones de ouvido bluetooth, teclados e mouse sem fio que não precisariam mais de pilhas ou baterias para funcionar.

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