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Pesquisadores desenvolvem novo remédio contra asma severa

O remédio é em forma de uma pílula, que ainda está em fase experimental


	Remédio: nova pílula experimental pode ser usada para tratamento de asma severa
 (Marcos Santos/USP Imagens)

Remédio: nova pílula experimental pode ser usada para tratamento de asma severa (Marcos Santos/USP Imagens)

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Da Redação

Publicado em 6 de agosto de 2016 às 12h44.

Londres - Uma pílula experimental contra a asma severa pode ser o primeiro novo remédio efetivo contra essa doença em cerca de 20 anos, segundo os resultados de um teste clínico divulgados neste sábado pela revista "Lancet Respiratory Medicine".

Um estudo preliminar com 61 pacientes desenvolvido por cientistas da Universidade de Leicester, no Reino Unido, sugere que o remédio, batizado como Fevipiprant, reduz a inflamação e repara o revestimento das vias respiratórias de pessoas com asma.

"Este novo tratamento pode ajudar a deter ataques de asma evitáveis, reduzir as internações e melhorar os sintomas no dia a dia dos pacientes, o que o transforma em um avanço realmente inovador rumo a futuros tratamentos", afirmou o pesquisador Chris Brightling.

Entre os participantes do estudo, um grupo recebeu uma dose de 225 miligramas do remédio duas vezes ao dia durante 12 semanas, enquanto a outro foi fornecido um placebo.

A porcentagem de presença de eosinófilos nos pacientes tratados com a pílula, uma medida relacionada com a inflamação das vias aéreas, reduziu de 5,4 % a 1,1 %, enquanto diminuiu de 4,6% a 3,9 % nos do grupo do placebo.

Samantha Walker, diretora da organização britânica Asthma UK, que promove a pesquisa para combater a doença, considerou que o teste representa "uma enorme promessa", embora deva ser amparado "com um cauteloso otimismo".

"A possibilidade de tomar uma pastilha ao invés de utilizar um inalador seria realmente bem amparada" pelas milhões de pessoas que sofrem com asma, "particularmente porque este estudo se centra em pessoas que desenvolveram esta condição quando já eram adultas", acrescentou.

No entanto, "é necessário realizar mais pesquisas e ainda resta um longo caminho até que nas farmácias se possa comprar uma pílula contra a asma", afirmou Walker.

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