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Pesquisa mostra que o Facebook pode ser depressivo

Psicólogos da Universidade de Queensland, na Autrália, descobriram que, ao não interagir no Facebook, os usuários experimentam sentimentos negativos


	Não receber interações ao postar conteúdo no Facebook gera sentimentos negativos
 (Dado Ruvic/Reuters)

Não receber interações ao postar conteúdo no Facebook gera sentimentos negativos (Dado Ruvic/Reuters)

Victor Caputo

Victor Caputo

Publicado em 12 de maio de 2014 às 11h53.

São Paulo – Pesquisadores da Universidade de Queensland, na Austrália, descobriram o que muitos já sabiam: o Facebook pode fazer o usuário se sentir mal. Depois de algumas pesquisas, membros da Escola de Psicologia mostraram que não poder publicar conteúdo ou não ganhar likes e receber comentários dos amigos faz com que usuários do Facebook se sintam mal.

Eles fizeram dois experimentos. No primeiro, alguns usuários foram proibidos de publicar conteúdo, enquanto outro grupo poderia usar a rede social livremente. Um dos impactos é que os usuários que não podiam publicar nada passaram a entrar menos no Facebook do que aqueles que poderiam continuar usando a rede normalmente.

Não compartilhar conteúdo faz com que os usuários se sintam menos satisfeitos. Entrar na rede apenas para ver as publicações de terceiros, portanto, é menos satisfatório do que compartilhar informações, de acordo com a pesquisa.

No segundo teste, os usuários poderiam publicar conteúdo de um computador no laboratório. Ele havia sido configurado, no entanto, para que o material compartilhado não fosse visto por ninguém. Isso faria com que ninguém comentasse ou curtisse qualquer publicação. Os pesquisadores descobriram que a falta de interação cria uma sensação de solidão ou invisibilidade nos usuários.

“Percebemos que pessoas que não recebem respostas para uma atualização de status sentem uma sensação menor de pertencimento, autoestima, controle e importância do que aqueles que receberam respostas”, os pesquisadores escrevem.

A primeira parte da pesquisa foi feita com 192 pessoas e a segunda com 79.

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