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Pesquisa alerta para risco de inseticidas à saúde infantil

Exposição afetaria o desenvolvimento do sistema nervoso das crianças


	Perigo em casa: exposição à inseticidas afeta o desenvolvimento do sistema nervoso das crianças, diz estudo
 (Thinkstock)

Perigo em casa: exposição à inseticidas afeta o desenvolvimento do sistema nervoso das crianças, diz estudo (Thinkstock)

Vanessa Barbosa

Vanessa Barbosa

Publicado em 11 de junho de 2015 às 17h33.

São Paulo - Um estudo feito por cientistas do Instituto de Pesquisa em Saúde e Meio Ambiente de Rennes, na França, alerta para o risco que o uso de inseticidas domésticos representa à saúde infantil.

Segundo a pesquisa, publicada esta semana no periódico científico Environment International, a exposição a estes produtos seria capaz de interferir no desenvolvimento de habilidades cognitivas nas crianças.

O perigo vem de certas substâncias pertencentes ao grupo químico dos piretróides — comuns em inseticidas domésticos, repelentes de insetos e em cremes e loções para matar piolhos.

Tais substâncias comportam-se como neurotoxinas em contato com o organismo humano, e também são encontradas em pesticidas usados na agricultura.

No ambiente doméstico, a exposição das crianças aos piretróides é bastante comum, devido à proximidade dos pequenos à poeira do solo (que armazena poluentes), ao fato de colocarem a mão na boca com frequência e, também, ao uso de produtos contra piolhos.

A absorção dos piretróides ocorre, principalmente, através do sistema digestivo. Mas essas substâncias também são absorvidas pela pele. Uma vez no organismo, elas são rapidamente metabolizadas no fígado e eliminadas na urina na forma de metabolitos dentro de 48 horas.

Segundo as análises laboratoriais, o aumento nos níveis de dois resíduos metabolitos dos piretróides na urina das crianças está associada a uma diminuição significativa nos seus desempenhos cognitivos, particularmente na compreensão verbal e memória de trabalho.

Cerca de 300 crianças participaram da pesquisa na região de Bretanha, na França.

"As consequências de um déficit cognitivo em crianças para a sua capacidade de aprendizagem e de desenvolvimento social constitui uma desvantagem para o indivíduo e para a sociedade", ressaltou Jean- François Viel, um dos co-autores da pesquisa. Segundo ele, é urgente a necessidade de se identificar medidas preventivas. 

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