Washington - A Academia Americana de Pediatria (AAP) recomendou, nesta terça-feira, que os pais leiam para seus filhos do nascimento até pelo menos os três anos para estimular a aquisição da linguagem e outras capacidades comunicativas.
"Ler histórias com regularidade para crianças pequenas desde o seu nascimento estimula de forma ótima seu cérebro e reforça a relação com os pais em um momento crucial de seu desenvolvimento. Em contrapartida, as crianças desenvolvem a linguagem, o aprendizado da leitura e adquirem capacidades sócio-emocionais para o resto de suas vidas", explicou a AAP.
Esta recomendação se apoia no fato cada vez mais reconhecido pelos neurologistas de que uma parte importante do desenvolvimento do cérebro se dá nos primeiros três anos de vida.
A AAP recomenda aos pediatras que, durante suas consultas, promovam com os pais esta aproximação à leitura para recém-nascidos até os três anos de idade, quando as crianças entram no ciclo pré-escolar.
A academia destacou que uma criança em cada três nos Estados Unidos chega à pré-escola sem os conhecimentos necessários para aprender a ler.
A academia de psiquiatria lembrou que, a cada ano, 75% das crianças e 80% dos que vivem abaixo do limite da pobreza nos Estados Unidos não atingem um nível de leitura suficiente no quinto ano do ensino fundamental, ou seja, aos oito ou nove anos de idade.
A APP pede a "seus membros que incentivem todos os pais a ler em voz alta textos para seus filhos pequenos, o que pode reforçar a relação entre ambos e prepará-los para adquirir linguagem e as primeiras bases da alfabetização".
Embora alguns pais com nível superior leiam poesia e façam os filhos ouvir Mozart desde que estão na barriga da mãe, estudos mostram que muitos outros não leem histórias para os filhos com a frequência recomendada pelos cientistas.
Esta é a primeira vez que a AAP publica este tipo de recomendações, com as quais incentiva os pediatras a dar, além de conselhos, livros infantis para famílias carentes.
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1. Os melhores países para as crianças
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São Paulo – Um novo estudo do
instituto Gallup pesquisou entre 29 países, incluindo Europa e Estados Unidos, onde as
crianças têm as melhores oportunidades. Aos entrevistados, foi perguntando se em seus países as crianças tinham a oportunidade, todo dia, de crescer e aprender; e se lá eram tratadas com respeito e dignidade. Veja a seguir os países com os melhores resultados na pesquisa e nos rankings de educação e bem-estar:
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2. 2. Luxemburgo
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As crianças têm a oportunidade de aprender e crescer todos os dias: 93% O país tem ótimos resultados no Pisa, que mede a qualidade da educação, ficando entre os 30 melhores em matemática e entre os 40 melhores em leitura e ciências. Por lá, 35% dos adultos têm um diploma universitário. Esse número dobrou na última década.
Luxemburgo também tem a segunda maior renda per capita do mundo: 78 mil dólares.
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3. 3. Noruega
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As crianças têm a oportunidade de aprender e crescer todos os dias: 93% A boa educação dada às crianças reflete nos resultados do Pisa: o país está entre os 30 melhores do mundo. A Unicef considerou a
Noruega o segundo melhor país para o bem-estar das crianças, somente atrás da Holanda. A renda per capita também é uma das maiores do mundo: 55 mil dólares.
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4. 5. Dinamarca
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4/7 (JAY DIRECTO/AFP/Getty Images)
As crianças têm a oportunidade de aprender e crescer todos os dias: 90% A
Dinamarca envia 7,9% de seu PIB para a educação (dado de 2010), uma das maiores porcentagens da Europa. O país também conta com um sistema público e bem organizado de creche e maternal. Pais e mães, quando têm filhos, também recebem um ano de benefícios.
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5. 7. Irlanda
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5/7 (Matt Cardy/Getty Images)
As crianças têm a oportunidade de aprender e crescer todos os dias: 89% A Unicef considera a
Irlanda um dos dez melhores países para o bem-estar das crianças. No Pisa, os resultados foram bons: os estudantes ficaram em sétimo em leitura e entre os 20 primeiros em ciências e matemática.
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6. 10. Reino Unido
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6/7 (David Bebber/WPA Pool/Getty Images)
As crianças têm a oportunidade de aprender e crescer todos os dias: 88% No
Reino Unido, 28% dos estudantes universitários, depois de graduados, continuam os seus estudos, uma porcentagem maior que a de qualquer outro país desenvolvido. No Pisa, os britânicos ficaram entre os 30 primeiros nas três matérias avaliadas.
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7. Agora conheça os melhores lugares para os jovens
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7/7 (Carlo Allegri/Getty Images)