Paul Allen fundou a Microsoft com Bill Gates em 1975 (Mark Wilson / Getty Images)
Da Redação
Publicado em 31 de março de 2011 às 14h35.
São Paulo — O bilionário Paul Allen acusa seu ex-parceiro na Microsoft, Bill Gates, de conspirar para reduzir sua participação na companhia. A acusação do cofundador da Microsoft, que hoje comanda uma empresa de investimentos em Seattle, além de uma instituição filantrópica, está num livro de memórias, cujos trechos foram publicados nestas semana pela revista Vanity Fair.
Na publicação, ele também acusa Gates de ter tentado comprar sua parte na empresa por um valor irrisório: 5 dólares por ação. Seria uma pechincha, diz Allen, afirmando que não negociaria seus papeis por menos de US$ 10. De acordo com Allen, Bill Gates disse que “não era justo que ele mantivesse sua participação na empresa", acusa Allen, hoje com 58 anos.
O ex-Microsoft também revelou ter ouvido uma conversa acalorada entre Gates e o atual CEO Steve Ballmer, em dezembro de 1982. “Eles estavam reclamando da minha baixa produtividade e discutindo como eles poderiam diluir minha participação na Microsoft e destinar opções de ações para si mesmos e para outros acionistas.
Ficou claro que eles estavam pensando sobre isso havia algum tempo”, relatou Allen, de acordo com a agência Reuters. Na época, Allen passava por tratamento por conta de um câncer. Segundo ele, mais tarde, recebeu um pedido de desculpas de ambos pelo incidente.
"Embora minhas lembranças de muitos desses fatos sejam diferentes das de Paul, valorizo sua amizade e as contribuições importantes que ele fez para o mundo da tecnologia e para a Microsoft", declarou Gates, via e-mail, segundo a Reuters. Na lista da revista Forbes, Allen é 57º homem mais rico do mundo, com uma fortuna calculada em US$ 13 bilhões. Gates é o segundo, com US$ 56 bilhões.