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Paris pernoita entre obras de arte em sua 10ª "Noite Branca"

Evento vai do pôr-do-sol ao amanhecer e conta com mais de 100 instalações e performances

Instalação no Hôtel de Ville de Paris na Nuit Blanche 2010 (Piero dHouin / Wikimedia Commons)

Instalação no Hôtel de Ville de Paris na Nuit Blanche 2010 (Piero dHouin / Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 1 de novembro de 2011 às 11h47.

Paris - Paris viverá nesta noite a décima edição de sua "Noite Branca", um apanhado de proposições artísticas contemporâneas que se espalham pela cidade para propor aos visitantes uma noite em claro.

Mais de 100 instalações e performances artísticas de diversas categorias, criadas especialmente para a ocasião, abrirão suas portas quando o sol se pôr e permanecerão ativas até que o amanhecer do domingo encerre este original evento, criado na capital francesa e copiado em outros pontos do planeta, de Buenos Aires a Toronto.

Frente a algumas cidades que, como Madri, o transformou em bienal por conta da crise econômica, Paris aposta nesta manifestação "que permite às pessoas ter acesso à arte de forma singela em momentos conturbados", segundo as palavras de Christophe Girard, que idealizou o evento há uma década.

"Cada edição é diferente", acrescenta Girard, que espera que dois milhões de pessoas participem da grande exposição ao longo da madrugada.

Para seu 10º aniversário, a "Noite Branca" ficou à cargo de Alexia Fabre e Franck Lamy, diretores da manifestação, que propuseram quatro grandes percurso pela cidade.


Nos arredores da Prefeitura destaca-se a proposta assinada por Pierre Ardouvin, que proporciona aos visitantes um passeio, com guarda-chuva em mãos, por um estúdio de cinema sob uma fina chuva púrpura, escutando uma versão revisitada de uma canção de Prince.

Um pouco mais ao norte, no bairro de Saint-Georges, um labirinto de tecidos brancos idealizado pelo americano Jungwan Bae levará o visitante a um ambiente de desorientação.

Não muito longe, a artista japonesa Sachiko Abe deve passar toda a noite cortando papel, com o objetivo de fazer uma reflexão sobre a passagem do tempo, através da imagem e do barulho provocado pelo papel caindo e as tesouras.

Já no pátio do colégio Jacques-Decour, o mexicano Carlos Amorales preparou uma instalação composta de 30 mil borboletas de papel, que oferecem um espetáculo que o artista pretende que provoque sentimentos de sedução ou repulsa.

Algumas fachadas do bairro de Batignoles serão preenchidas de luzes em uma projeção idealizada pelos alunos da Escola de Belas Artes, enquanto Fabrice Hyber propõe, a dois passos dali, uma representação na qual participam 50 super-heróis de histórias em quadrinhos.

Finalmente, no bairro de Montmartre, Christian Boltanski abrirá seu "teatro oficina", no qual vários atores interpretarão uma peça pela madrugada afora.

Como em cada edição, a Prefeitura de Paris oferecerá um serviço reforçado de transportes públicos, que funcionará a noite toda.

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