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Parasita da malária resistente a medicamentos pode estar próximo da África

Continente africano concentra cerca de 90% das mortes mundiais em virtude da doença

malária (Reuters)

malária (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 20 de fevereiro de 2015 às 08h08.

Parasitas resistentes ao tratamento da malária estão se espalhando do sudeste asiático para a Índia, considerada por cientistas como uma das principais portas de entrada para o continente africano, que concentra 90% das mortes em decorrência da doença no planeta.

A chegada do parasita à Índia significaria "uma séria ameaça ao controle e erradicação global da malária", segundo um estudo publicado na revista científica The Lancet.

"Caso o inseto resiste à vacina se espalhe da Ásia ao continente africano, ou surge independentemente na África, milhões de vidas estarão em risco", afirmam os pesquisadores.

A malária é transmitida pela picada dos mosquitos do gênero Anopheles e provocada pelo parasita Plasmodiu, um protozoário. A doença manifesta-se por meio de sintomas como febre e dores de cabeça, que em alguns casos podem progredir para coma ou morte.

Desde que o Plasmodium desenvolveu resistência a outras drogas, a artemisinina é a substância mais segura para tratar as cerca de 198 milhões de infecções anuais da malária.

Em 2013, cerca de 584 mil pessoas morreram no mundo em decorrência da doença segundo a Organização Mundial de Saúde, 90% delas na África.

O parasita resistente à artemisinina ainda não foi detectado na África, mas é um problema cada vez maior em países do sudeste asiático como Camboja, Tailândia e Vietnã.

Suspeita-se que essa mutação do parasita também tenha chegado à América do Sul, mas a informação não foi confirmada pelas autoridades.

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