Uber: recentes denúncias de rastreamento são ruins, mas ajudam app a ficar em evidência, explicou Kees Koolen (Raul Aragao/I Hate Flash)
Da Redação
Publicado em 2 de dezembro de 2014 às 17h36.
São Paulo - Conselheiro do Uber, o holandês Kees Koolen entende que as recentes denúncias de rastreamento envolvendo o app são ruins, mas ajudam a marca a ficar em evidência.
Ele explicou a ideia no The Next Web, evento realizado na tarde de hoje em São Paulo. "Todas as vezes em que viramos notícia, as pessoas entram em contato com o nome do Uber", afirmou ele durante sua palestra.
De acordo com Koolen, a estratégia de divulgação do Uber não é igual a de serviços online mais antigos - como o Booking.com (site para reserva de quartos em hotéis fundado por ele).
Segundo Koolen, enquanto sites como esse podem operar fora dos holofotes, investindo em propaganda no Google e outras estratégias, o Uber precisa estar em evidência para ser lembrado pelos usuários.
Um dos motivos para isso seria o fato de se tratar de um app, o que reduziria a eficácia de anúncios em sites e outras formas de divulgação na internet.
"É claro que o Uber quer ser citado em muitas reportagens. Então, ele procura desafios legais para superar às vezes e talvez tenha ido longe demais dessa vez", explicou Koolen em entrevista para EXAME.com.
Polêmica
No último mês, o Uber foi acusado de quebrar a privacidade de seus usuários.
Num jantar com jornalistas, o vice-presidente da empresa Emil Michael disse que o Uber poderia gastar um milhão de dólares para caçar podres na vida de repórteres que falassem mal da companhia.
Além disso, uma jornalista relata que Josh Mohrer, um executivo da empresa, teria rastreado seu smartphone enquanto ela se dirigia a um escritório do Uber. Meses antes, a repórter havia escrito uma matéria sobre o Lyft, concorrente direto do Uber.
Serviço que oferece motoristas particulares em carros chiques mediante pagamento, o Uber está no Brasil desde maio. Concentradas à princípio no Rio, as operações foram iniciadas em São Paulo em junho.