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Para Telefônica, compra da GVT poderá torná-la principal empresa de telecom no Brasil

Presidente da empresa acredita que caso a operação seja aprovada, terão elementos de rede para se tornarem um sucesso no mercado nacional.

Predio da Telefonica (Cristina Arias/Cover/Getty Images)

Predio da Telefonica (Cristina Arias/Cover/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 16 de outubro de 2014 às 07h07.

A Telefônica Vivo, filial brasileira da multinacional espanhola, considera que a compra da operadora GVT, que aguarda autorização dos órgãos reguladores locais, a permitirá atuar para além de São Paulo e se transformar em um "player" nacional, afirmou o presidente da companhia nesta quarta-feira.

"Pela primeira vez, caso a operação seja aprovada, vamos ter elementos de rede para ser um 'player' nacional importante no mercado em massa fora de São Paulo", assinalou Antônio Carlos Valente, presidente da empresa, em entrevista coletiva durante a feira internacional de telecomunicações Futurecom 2014.

A companhia aguarda a autorização da operação, anunciada mês passado, que custará à matriz espanhola 4,663 bilhões de euros (14,825 bilhões de reais), valor que deverá ser pago à francesa Vivendi, antiga controladora da GVT.

Com a compra da GVT, a Telefônica passará a liderar o mercado brasileiro de banda larga, com 30,73% dos clientes, e dobrará sua presença no de televisão por assinatura, alcançando 7,06% do mercado.

Com a aquisição da GVT, companhia de grande atuação no sul e no sudeste do país, principalmente no estado do Paraná, a Telefónica Vivo terá "uma infraestrutura extremamente valiosa para a conexão fora de São Paulo", onde a empresa de capital espanhol é líder de mercado, apontou Valente.

No entanto, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) analisa possíveis conflitos de concorrência por causa do controle da Telefónica na Telecom Italia, já que as duas companhias lideram o setor móvel no país, com as bandeiras Vivo e TIM.

A Telefónica Vivo apresentará no final de outubro a documentação necessária ao Cade.

"Nós estamos com a expectativa de aprovação dos organismos reguladores brasileiros, do organismo setorial das telecomunicações no Brasil que é a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) e também o órgão de concorrência que é o Cade", assinalou Valente em declarações à EFE.

O executivo detalhou que "é preciso se submeter à decisão da operação ao Cade", a documentação já foi entregue à Anatel.

"Esperamos que a aprovação aconteça o mais rápido possível, até o final do primeiro semestre de 2015", ressaltou.

Para Valente, "isso vai ser muito importante porque é a vocação da Telefónica, com serviços de banda larga, telefonia fixa, móvel, de televisão por fibra óptica e agora faremos de modo mais amplo com as redes da GVT".

Na Futurecom 2014, que começou na segunda-feira e termina amanhã no centro de convenções Transamérica Expo, a Telefónica Vivo "apresentou serviços que consolidam a companhia como uma telco digital integrada" no Brasil, explicou Valente.

"Carro Conectado", um aplicativo para o controle pessoal dos veículos; "Cidades Digitais e Inteligentes", que tem o município paulista de Águas de São Pedro como piloto, e "Internet das Coisas", em parceria com universidades para criar comunidades tecnológicas, foram alguns dos projetos apresentados.

Além disso, a empresa promoveu na feira outros projetos como a "Nuvem do Jornaleiro", um quiosque de livros e revistas virtuais; os cursos de idiomas em plataformas móveis "Kantoo" e os downloads de canções "Vivo Música by Napster", da mesma forma que os serviços para o setor corporativo e os de fibra óptica.

Uma das novidades é também o Firefox Hello, um smartphone com o sistema operacional Firefox iOS lançado por sua filial TokBox e a multinacional Mozilla.

Com a facilidade de comunicação gratuita através da internet, o Firefox Hello será o primeiro "sistema global construído diretamente em um navegador", indicou um comunicado da empresa de internet.

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