São Paulo – Até a tarde de domingo (5), o site WikiLeaks, responsável pelo vazamento de 250 mil telegramas secretos da diplomacia norte-americana, já contabilizava oficialmente 208 mirrors – cópias idênticas de suas páginas em endereços e servidores diferentes (veja a lista). As réplicas começaram a ser feitas no sábado (4) a pedido do próprio site, que luta para não sair totalmente do ar.

Em uma página disponível em inglês, os responsáveis pela organização explicam que o site está sendo vítima de ataques “pesados”. “Para que seja impossível apagar completamente o WikiLeaks da internet, precisamos de sua ajuda. Se você tiver um servidor baseado em Unix, que esteja hospedando um site e quiser dar ao WikiLeaks parte de seus recursos de hospedagem, você pode ajudar”, diz a mensagem.

Desde que começou a vazar os mais recentes documentos confidenciais, no último domingo (28), o WikiLeaks foi tirado do ar por dois provedores norte-americanos em dois dias seguidos e sofreu tentativa de bloqueio na França, o que obrigou o site a migrar para um endereço na Suíça.

A equipe do WikiLeaks dá as instruções técnicas para que colaboradores criem os mirrors, e informa que se encarregará de atualizar as páginas em cada um dos servidores. “O WikiLeaks contra-ataca. Quando mais nos cortam, mais fortes somos”, dizem os responsáveis pelo site no Twitter.