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Para combater Netflix, Apple se alia a Samsung, LG e Sony

Empresa reforça sua divisão de serviços e abre novos caminhos nas Smart TVs

 (Lucas Agrela/Site Exame)

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Lucas Agrela

Lucas Agrela

Publicado em 11 de janeiro de 2019 às 07h00.

Última atualização em 11 de janeiro de 2019 às 11h32.

Las Vegas -- Com queda no número de vendas de iPhones, analistas de mercado previam, no fim do ano passado, que a Apple voltaria esforços para o setor de serviços. O primeiro sinal disso apareceu na CES 2019, a maior feira de tecnologia do mundo, realizada nesta semana, em Las Vegas. Pela primeira vez, as fabricantes de Smart TVs Samsung, LG e Sony anunciaram que seus produtos serão compatíveis com iPhones e iPads.

No caso de Samsung, um aplicativo dedicado do iTunes, a loja de músicas e filmes da Apple, chegará aos televisores. Ela permite comprar ou alugar filmes em resolução Full HD ou 4K e os preços são mais competitivos do que os oferecidos pelo rival, já presente em TVs, Google Play Filmes.

Fora isso, as três fabricantes terão, em suas TVs, suporte para o recurso de espelhamento de tela do iPhone e do iPad, chamado AirPlay 2. Com isso, tudo que é reproduzido nesses dispositivos pode ser facilmente via em uma tela grande.

Com esse novo passo da Apple, a empresa mira agora outro gigante: a Netflix. Com a fragmentação de séries e filmes populares em outros serviços de streaming, como Amazon Prime Video, Globoplay e HBO Go, dados já mostram que a pirataria de conteúdo digital voltou a subir. Sem o entra e sai de filmes da Netflix, no iTunes, o consumidor tem acesso ao vídeo para sempre depois de comprá-lo. O problema era a plataforma, sempre presa a produtos da Apple. Para ver um vídeo em 4K do iTunes na TV, o único jeito era por meio da Apple TV, um aparelho que tem preço sugerido de até 1399 reais.

A abertura sem precedentes da Apple para as fabricantes de TVs muda esse cenário e torna o iTunes uma loja mais abrangente, inclusive para o público brasileiro. Desde o início de 2018, a cobrança por mídias compradas lá é em reais, e não em dólar, o que acarretava cobrança de IOF. No último trimestre, a divisão de serviços da Apple gerou mais de 10,8 bilhões de dólares. A meta declarada da empresa é dobrar o tamanho dessa unidade de negócios entre os anos de 2016 e 2020.

Procurada, a Apple não comentou o caso. A Samsung, rival de longa data da criadora do iPhone, informou que a oferta de serviços com foco no consumidor é parte da sua filosofia.

*O jornalista viajou a Las Vegas a convite da Samsung Brasil.

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