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Papa considera que internet é necessária, mas não suficiente

O papa Francisco afirmou neste sábado que considera essencial que a Igreja e os fiéis estejam presentes na internet, mas, segundo ele, isso "não é o suficiente"


	Papa Francisco: "o anúncio do Evangelho precisa de relações humanas autênticas e diretas para resultar em um encontro pessoal com o Senhor", disse
 (Max Rossi/Reuters)

Papa Francisco: "o anúncio do Evangelho precisa de relações humanas autênticas e diretas para resultar em um encontro pessoal com o Senhor", disse (Max Rossi/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 21 de fevereiro de 2014 às 06h31.

Cidade do Vaticano - O papa Francisco afirmou neste sábado que considera essencial que a Igreja e os fiéis estejam presentes na internet, mas, segundo ele, isso "não é o suficiente" e é preciso "conhecer homens e mulheres de verdade".

"A presença da Igreja na rede não é inútil. Pelo contrário, é indispensável estar presente com uma abordagem de evangelismo", disse o Papa ao receber os participantes de uma reunião do Conselho Pontifício para os Leigos, cujo tema é "Anunciar o Evangelho na era digital".

Francisco disse que, em muitos casos, "a internet tornou-se uma espécie de ambiente de vida para os jovens". Na rede, a Igreja deve "despertar as necessidades do coração e indicar o caminho que conduz à resposta, que é Jesus".

Mas "não é suficiente adquirir as habilidades tecnológicas, embora sejam importantes. Temos, sobretudo, que conhecer homens e mulheres de verdade, muitas vezes feridos ou perdidos, para dar-lhes verdadeiras razões para ter esperança", declarou.

"O anúncio do Evangelho precisa de relações humanas autênticas e diretas para resultar em um encontro pessoal com o Senhor", acrescentou.

O Papa também abordou as "ilusões perigosas e as armadilhas que devem ser evitadas" na internet, convocando os cristãos a "examinarem tudo com cuidado".

Além disso, o sucessor de Pedro se referiu ao papel da mulher. "Na atual crise cultural, a mulher está na vanguarda da luta pela preservação do ser humano", argumentou.

Ao receber uma delegação do Instituto Dignitatis Humanae (Dignidade Humana), Francisco denunciou novamente a "cultura do desperdício", que tende a "tornar-se uma mentalidade comum".

"As vítimas dessa cultura são precisamente os seres humanos mais fracos: as crianças, os pobres, os idosos doentes, as pessoas com deficiências graves, que são expulsos de uma engrenagem que deve ser eficaz a todo custo".

Francisco criticou, ainda, o "falso modelo de sociedade, que corresponde à implementação de um ateísmo prático, em contradição com a palavra de Deus, segundo a qual o homem foi feito à Sua imagem e semelhança. "A dignidade de cada homem e mulher não pode ser suprimida nem submetida a um poder ou a uma ideologia", defendeu.

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