Leonard Kleinrock (EFE)
Da Redação
Publicado em 22 de junho de 2015 às 13h14.
A internet será invisível e onipresente em no máximo dez anos, com sistemas nanotecnológicos espalhados por todas as partes, disse nesta segunda-feira (22) o engenheiro americano Leonard Kleinrock, um dos criadores da rede mundial de computadores.
O professor da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), responsável pela primeira conexão de dados da internet, receberá nesta terça-feira (23) o Prêmio Fundação BBVA Fronteiras do Conhecimento, com o qual foi agraciado na categoria Tecnologias da Informação e Comunicação.
Kleinrock, responsável do desenvolvimento da chamada teoria das filas aplicada à comutação de pacotes de dados, afirmou que em breve haverá sensores instalados em paredes, carros, ruas e até em unhas.
Esses equipamentos serão acompanhados de "ativadores, microfones, alto-falantes, telas, processamento lógico e memória", capaz de enviar alertas de acordo com padrões e gostos dos usuários. Em breve, Kleinrock acha que esse avanço transformará as interações virtuais em algo como a eletricidade, com o qual as pessoas convivem sem se dar conta. "A internet será como um sistema nervoso mundial onipresente com todos conectados", resumiu.
Apesar de destacar a evolução, o engenheiro vê com preocupação o "lado escuro da internet" e os riscos de uma rede "que não obedece nem é sempre confiável". Além disso, mais criminosos passarão a usar a ferramentas para praticar crimes a partir de seu crescimento, indicou.
Por enquanto, Kleinrock acredita que o principal obstáculo para esse cenário inovador são as baterias, que se esgotam muito rápido.