A ONU lançou nesta quarta-feira um portal dedicado a ajudar vítimas de terrorismo de todo o mundo, às quais oferece informações sobre todo tipo de apoio que têm à sua disposição e também permite que as pessoas se comuniquem entre si.

O portal faz parte da estratégia integral de luta contra o terrorismo aprovada pelas Nações Unidas em 2006. A página de internet foi apresentada em um ato das Nações Unidas com a participação do secretário-geral, Ban Ki-moon, responsáveis nacionais e vítimas, como María del Mar Blanco, presidente da Fundação de Vítimas do Terrorismo (FVT) da Espanha.

O portal "é uma medida importante, porque vai permitir estabelecer uma relação entre vítimas de todo o mundo", disse à Agência Efe o secretário de Estado das Relações Exteriores espanhol, Gonzalo de Benito.

Em seu discurso na apresentação do portal, De Benito lembrou que "apesar dos avanços registrados, não existe ainda uma norma internacional vinculativa que tenha como alvo específico a proteção dos direitos das vítimas do terrorismo".

"A Espanha apoia a criação de um futuro estatuto internacional que reconheça a obrigação dos estados de compensar e dar assistência às vítimas", acrescentou.

O secretário-geral afirmou por sua parte que "as vítimas do terrorismo merecem nosso apoio", já que "frequentemente são abandonadas para sofrer em silêncio", algo que "exacerba seu sofrimento".

Por isso, o portal "é um grande passo" na direção para dar apoio de instituições governamentais e da sociedade civil, acrescentou Ban Ki-moon, que também agradeceu à Espanha por "sua generosa contribuição" que tornou possível o lançamento deste site.

María disse à Agência Efe após o ato que a inauguração deste portal constitui "um marco histórico", já que representa a materialização de "algo que sempre reivindicamos: que houvesse algo que fosse capaz de unir às vítimas do terrorismo independentemente do lugar".

A presidente da FVT acrescentou que, como vítima do terrorismo, "é um dia muito importante e sobretudo muito gratificante", já que representa que "nenhuma vítima mais vai ficar isolada".