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ONU e OMS dizem que falta de recursos põe em risco fim do surto de ebola

Segundo as Nações Unidas, será necessário 1,5 bilhão de dólares para combater a doença neste ano

ebola (Reuters)

ebola (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 21 de fevereiro de 2015 às 07h28.

A ONU e a Organização Mundial da Saúde (OMS) advertiram nesta sexta-feira que a falta de recursos está pondo em perigo os esforços para terminar com o surto de ebola na África Ocidental, onde o número de novos infectados passou de cair dramaticamente para se estabilizar.

Segundo as Nações Unidas, para este ano serão necessários ao redor de 1,5 bilhão de dólares e, por enquanto só se arrecadaram 600 milhões de dólares.

"Um dos maiores riscos que nos enfrentamos agora é que os novos recursos para a resposta estejam caindo mais rápido do que o número de novos casos", explicou em entrevista coletiva o diretor-geral adjunto da OMS, Bruce Aylward.

Após conseguir "um dos maiores sucessos em saúde pública" em muitos anos com a primeira fase da resposta contra o ebola, a comunidade internacional caiu em uma certa complacência, lamentou Aylward.

Segundo o especialista, se nas três ou quatro primeiras semanas do ano a queda no número de contaminações era "encorajadora", a "história das últimas quatro semanas é diferente", pois o número de novos casos deixou de cair e se estabilizou entre 120 e 150 por semana.

"Isto não é o que queremos com o ebola", advertiu Aylward, que lembrou que o vírus é "extremamente perigoso" e afeta uma área muito ampla do território de Serra Leoa, Libéria e Guiné.

Ele considerou "extremamente difícil" cumprir a meta fixada esta semana pelos governos desses três países, que querem conseguir em um prazo de 60 dias que não haja nenhum novo contágio. 

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