Tecnologia

Oi traça planos agressivos para ganhar posição em São Paulo

Atualmente, a empresa detém 18% das linhas móveis ativas no estado de São Paulo, somando-se a base total de usuários do serviço na capital e no interior

No total, as companhias telefônicas foram as primeiras da lista de queixas em 14 de 23 estados (Marcelo Correa/EXAME)

No total, as companhias telefônicas foram as primeiras da lista de queixas em 14 de 23 estados (Marcelo Correa/EXAME)

DR

Da Redação

Publicado em 21 de março de 2012 às 20h15.

São Paulo - A Oi quer ganhar musculatura no interior paulista para aumentar sua participação no mercado de telefonia móvel no estado, o mais concorrido do País.

Atualmente, a empresa detém 18% das linhas móveis ativas no estado de São Paulo, somando-se a base total de usuários do serviço na capital e no interior. “Percebemos que ainda tínhamos áreas brancas, quase sem penetração dos nossos serviços, e decidimos investir mais forte ali”, afirma o diretor de varejo da companhia em São Paulo, Emilio Cesar Busoli.

Para aumentar a presença nas principais cidades do interior paulista, a tele tem investido na abertura de lojas próprias — uma maneira de se aproximar do cliente — e apostado em planos pré-pagos e controle a preços competitivos. “Hoje as vantagens do pré-pago são a porta de entrada do cliente em nossa base e, após conhecer o serviço, ele tende a migrar para outros planos de valores mais altos”, avalia.

De acordo com Busoli, a estratégia tem rendido um crescimento médio de 30% no ‘ fluxo de minutos falados’ mês a mês, desde novembro passado, em São Paulo. Para se ter uma ideia do potencial que o interior paulista tem, ainda mal explorado na área de telecomunicações, a participação de mercado da Oi em Campinas saltou de 8,5% em janeiro de 2011 para 10,4% no mesmo mês deste ano. A base de linhas pós-pagas aumentou 1,9 ponto percentual, para 12,7% em janeiro de 2012. No mesmo período, os telefones pré-pagos com chips da Oi passaram de 7,8% para 9,5%, acréscimo de 1,7 ponto percentual.

Lojas

Busoli revela que a Oi pretende chegar a 69 lojas próprias em São Paulo neste ano e, em todo o País, a 180 lojas próprias. Outro objetivo no que diz respeito a essa estratégia é aumentar entre 20% e 30% o número de lojas franqueadas no período, chegando a aproximadamente 250 pontos de venda de aparelhos e linhas da Oi em todo o Brasil. Entretanto, o objetivo da companhia, segundo ele, é crescer de maneira sustentável, sem prejudicar a qualidade do serviço. “Temos o objetivo de estar entre as duas principais empresas da área no quesito qualidade de sinal”. Para cumprir com este objetivo, a operadora vai instalar 300 antenas novas em todo o estado de São Paulo.

Outra estratégia que a Oi pretende adotar, na disputa pelo consumidor final, é a volta do subsídio aos aparelhos, para clientes que contratam planos de custos mais elevados do que o convencional. Entretanto, a maneira como a tele vai trabalhar esta modalidade de negócios ainda está em aprovação. Embora o executivo evite falar em uma data para consolidar um programa de subsídios, corre no mercado que este pode ser um trunfo da operadora para vender linhas pós-pagas no Dia das Mães, segunda melhor data em vendas para o comércio brasileiro.

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