Tecnologia

Oi quer ajudar Telebrás em infraestrutura para a Copa

"Apresentamos alternativas para complementar a rede da Telebrás, para que o investimento seja o menor possível", afirmou o presidente da Oi, Francisco Valim


	Presidente da Oi, Francisco Valim
 (Fabiano Accorsi/EXAME)

Presidente da Oi, Francisco Valim (Fabiano Accorsi/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 26 de outubro de 2012 às 14h01.

São Paulo - O presidente da Oi, Francisco Valim, disse nesta sexta-feira que a companhia quer contribuir com a Telebrás na infraestrutura necessária para o atendimento dos serviços de telecomunicações para a Copa do Mundo de 2014. "Nós achamos que, por conta da nossa capilaridade, podemos ajudar a Telebrás neste processo. Apresentamos alternativas para complementar a rede da Telebrás, para que o investimento seja o menor possível", afirmou Valim, em entrevista a jornalistas, após a inauguração de um novo prédio da empresa em São Paulo.

Segundo ele, o acordo será semelhante ao recente estabelecido pela TIM com a Telebrás. "Isso é bem usual, pois todas as empresas usam as infraestruturas de todos", complementou. Valim acrescentou que a Oi compartilha cerca de 30% da parte física de suas torres. Especialmente para os serviços de 4G, ele previu que vá acontecer o compartilhamento, essencialmente das torres, o que, inclusive, está incluído no compromisso da concessão deste serviço.

"Num primeiro momento, não precisaremos de novas torres para o 4G", afirmou em referência à expectativa de lançamento comercial do serviço em algumas cidades como o Rio de Janeiro até o final deste ano e em São Paulo até o primeiro trimestre de 2013. "Se precisarmos de novas torres, vamos tentar fazer compartilhamento", explicou. A necessidade de novas torres deverá ocorrer a partir de 2014, com a ampliação do 4G, previu.

São Paulo

Valim ressaltou que, apesar de São Paulo não ser uma das cidades-sede da Copa das Confederações, a empresa pretende lançar o 4G comercialmente na cidade no primeiro trimestre de 2013. "Temos algumas obrigações de cobertura, mas São Paulo extrapola essas obrigações", disse.

Sobre o mercado do Estado de São Paulo, o executivo afirmou que representa cerca de 10% da receita líquida da operadora, enquanto os serviços móveis participam com 20%. Questionado pelo fato de ser a quarta operadora em fatia de mercado em São Paulo, Valim minimizou a situação, afirmando que a operadora foi a última a ingressar na maior cidade do Brasil.

De outubro de 2008 até o fim de 2011, a empresa investiu R$ 2,4 bilhões em São Paulo. Atualmente, a empresa conta com 9 milhões de clientes. "São Paulo conta com mais de 50% de nossos pontos de venda próprios e a previsão é de inaugurarmos mais 17 novas lojas até dezembro", afirmou.

Valim afirmou que o foco da empresa em São Paulo é crescer na telefonia móvel, e que o segmento fixo residencial não é prioridade no curto prazo. Mas, ressaltou, em termos de telefonia fixa, a empresa vai continuar apostando nos segmentos corporativo e empresarial.


Segundo dados da Anatel compilados pela Teleco, em setembro, a Oi contava com 14,2% do mercado de telefonia no Estado de São Paulo, atrás da Vivo (32,7%), TIM (27,9%) e também da Claro (25%). Por outro lado, em setembro, a Oi liderou o número de adições líquidas (vendas menos cancelamentos) em São Paulo, com 205,5 mil, superando a Vivo (111,08 mil), TIM (-52,6 mil) e Claro (-95,6 mil)

Ativos

Sobre a recente venda de imóveis, no valor de R$ 643 milhões, ele evitou dar prazos para que os recursos efetivamente ingressem no caixa. "Estamos trabalhando no processo de venda dos imóveis. O que saiu foi uma decisão do conselho, em que foi autorizado o início do processo de venda, que requer aprovação da Anatel e extensos procedimentos legais", afirmou.

Segundo ele, a empresa conta com outros ativos que podem ser vendidos. "Essa é uma questão para avaliar, se existe um mercado e se a venda se justifica. Essas avaliações estão sendo feitas pela empresa", disse.

Valim acrescentou, ainda sobre a venda de ativos, como o de torres, que este "assunto nunca sai da pauta, mas não há nada que se resolva no curto prazo".

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