Tecnologia

Oi e Net devem acirrar briga na TV paga

Nas cidades em que a Oi já possui rede de fibra óptica, a entrada da companhia para oferecer o serviço ocorrerá de forma praticamente imediata

O diretor de regulação da Oi disse que a empresa espera já poder oferecer o chamado serviço de IPTV, que utiliza o protocolo de internet para a transmissão de conteúdo (Marcelo Correa/EXAME)

O diretor de regulação da Oi disse que a empresa espera já poder oferecer o chamado serviço de IPTV, que utiliza o protocolo de internet para a transmissão de conteúdo (Marcelo Correa/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 18 de agosto de 2011 às 12h56.

Brasília - A abertura do mercado de TV a cabo para as operadoras de telefonia e a redução das restrições ao capital estrangeiro, aprovadas na terça-feira no Senado, vão acirrar a disputa entre Oi e Net por esse mercado.

Fontes do setor avaliam que o sinal verde para que as teles atuem nesse segmento provocará a investida da Oi nas áreas em que a Net atua, que são justamente as capitais e grandes cidades, regiões que concentram a população com maior poder aquisitivo do País. Hoje, a Net atua praticamente sozinha nesses mercados com oferta de TV a cabo.

Nas cidades em que a Oi já possui rede de fibra óptica, a entrada da companhia para oferecer o serviço ocorrerá de forma praticamente imediata; onde a infraestrutura não for compatível, a empresa terá de fazer investimentos.

Na outra ponta, com menos restrições ao capital estrangeiro, o mexicano Carlos Slim poderá assumir o controle da Net - já é dono de 49% da empresa - e promover a integração com a Embratel e a Claro, o que permitirá fazer a oferta do chamado "quadriplay", ou seja, telefonia fixa, móvel, banda larga e TV a cabo, concorrendo diretamente com a Oi. Em outra frente, o grupo mexicano poderá também usar a rede de fibras ópticas da Embratel e ampliar a oferta dos serviços.

Sem citar diretamente a concorrência com a Net, o diretor de regulação da Oi, Paulo Mattos, disse que a empresa espera já poder oferecer no ano que vem o chamado serviço de IPTV, que utiliza o protocolo de internet para a transmissão de conteúdo - e que depende muito do investimento em fibras ópticas. Segundo ele, a oferta depende de uma rápida regulamentação da lei pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) tão logo o projeto seja sancionado pela presidente Dilma Rousseff.

"É importante destacar que o principal beneficiado pela nova legislação é o consumidor, que terá mais opções no momento de escolher sua TV por assinatura", afirmou Mattos. Segundo ele, a IPTV será mais um produto disponível no mercado, ao lado da TV via satélite e a cabo tradicional, com a vantagem de estar mais adequada aos recursos de interatividade. A Net não se pronunciou sobre o assunto.

Outra mudança possível nesse mercado, segundo uma fonte, seria a entrada de um novo player de TV a cabo: a GVT. Isso porque, como a companhia tem redes de fibra óptica nas principais cidades do País, a empresa, que pertence à francesa Vivendi, poderia ingressar no segmento de TV a cabo assim que a nova legislação entrar em vigor, fazendo uma concorrência direta contra Net, Oi e Telefônica.

Como a atuação da Telefônica está restrita ao Estado de São Paulo, onde ela já oferece o serviço de TV a cabo por meio da TVA, a mudança mais significativa num primeiro momento ocorrerá no âmbito de gestão, pois a companhia era impedida de exercer o controle da operadora de TV a cabo, fato que a Telefônica classificou como "assimetria regulatória", em nota divulgada após a aprovação do projeto. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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